Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

sábado, 30 de novembro de 2013

Que nota você dá ao seu governo?

De que maneira estamos governando nossas vidas?


Dilma, JK, Jango, Lula, FHC, Getúlio, Lacerda, Brizola, Ademar, Churchill, Tatcher, Kennedy, Obama... Não importa o governo ou os ídolos políticos de cada um ou mesmo os de que se alinham no lema "se tem governo sou contra".

O que está em jogo aqui, não são os governantes tradicionais. Os políticos que, muitas vezes, estamos sempre prontos para apontarmos os erros. Falarmos de suas omissões, de seus desatinos, de suas incoerências, de sua falta de palavra com compromissos assumidos durante a campanha eleitoral, da sua desfaçatez e apertar a mão do que momentos antes era chamado de ladrão, larápio, picareta ou desclassificado. O que conta aqui somos nós. De que maneira estamos governando nossas vidas?

 Que nota damos ao nosso governo? A começar pela Saúde: que preocupação damos à nossa taxa de colesterol ou triglicerides? Como temos investido em nossa alimentação? Temos feito as compras certas, nos alimentado nos horários certos ou temos tratado nosso organismo da forma mais displicente possível? De que maneira funciona o nosso Ministério da Saúde?

 E a Educação? - Temos procurado melhorar nossa escolaridade? Temos levado a sério aquele compromisso de aprender uma ou mais línguas estrangeiras? De nos aperfeiçoarmos na área da informática? Qual a desculpa que damos para isso? Será que estamos sempre empurrando nossa educação com a barriga, deixando sempre para o ano que vem e este ano acaba nunca chegando?

O que fazemos pela nossa Cultura?  Criticamos o lixo que às vezes está presente nos meios de comunicação, mas não optamos em desligarmos a TV, deixarmos de lado a revista sem conteúdo ou simplesmente procurarmos selecionar melhor nossos programas e não passarmos tantas e tantas horas diante do computador ou do televisor.

E a nossa Leitura? Somos daqueles que consideram os preços dos livros exorbitantes, mas não nos importamos em dispender qualquer valor na mesa de um bar ou em um fast food nos entupindeo de calorias? E arranjamos desculpas esfarrapadas sem levar em conta a existência de sebos, com livros da mais alta qualidade a preços módicos? Ou a própria internet que nos dá acesso a mais variada leitura a custo zero?

E falamos que não temos dinheiro para o Lazer, sem levar em conta várias programações grátis, como visita a museus, parques, teatros (Municipal do Rio, por exemplo, programas aos domingos ao custo de R$ 1 - um real).

E o que fazemos em relação ao nosso Ministério do Trabalho? Lamentamos eternamente o pouco  dinheiro e nada fazemos de concreto para aumentar nossa renda, esperando muitas vezes pelo maná que vai cair do céu? Estamos realmente assumindo um compromisso conosco de levarmos nosso trabalho a sério, procurando progredir no mesmo ou em caso contrário criarmos condições para passarmos para alguma coisa melhor?

O que fazemos em relação ao Ministério da Economia? Procuramos de alguma forma fazer uma reserva mínima que seja para uma situação de emergência? Adotamos a máxima de que se ganhamos X não podemos gastar nunca, X mais Y, pois caso contrário a nossa dívida interna e externa (cartões, empréstimos) se tornará impagável?

Ministério das Comunicações? Teremos coragem de tomar a atitude de dizer NÃO há muitos que vivem ao nosso redor usufruindo do nosso trabalho e sempre acrescentando algo a mais, mas sem mostrar de fato atitudes que demonstrem estarem, de fato, lutando para sair de nossa dependência?

 E o Ministério dos Esportes? Somos espectadores passivos da vida, olhando os outros ao redor ganhando medalhas e medalhas, enquanto lamentamos não dispormos de dinheiro para pagar uma academia? Por que não procuramos uma praça, muitos com equipamentos para nos exercitarmos ou mesmo iniciando uma caminhada diária e aos poucos aumentando o nosso ritmo e disposição? E em quantos diversos outros segmentos de nossa vida estamos de fato realizando uma ótima ou pelo menos razoável administração?

Em suma: que nota damos ao nosso governo?

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

E agora José?

E agora, José?


"E agora, José? A festa acabou, a luz apagou,
o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?
Carlos Drummond de Andrade

Nos anos 60, o Movimento Estudantil teve papel de grande relevância na luta contra o regime militar, contribuindo para o processo que desencadeou no retorno da normalidade democrática. O auge da luta estudantil foi o ano de 1968 marcado por fatos como a Passeata dos 100 mil, no Rio de Janeiro.
Uma das grandes lideranças do movimento era um jovem chamado José Dirceu, ex-presidente da União dos Estudantes do Estado de São Paulo (UEE), ao lado do seu companheiro de Rio de Janeiro Vladimir Palmeira, ex-presidente da União Metropolitana dos Estudantes (UME),  que lutavam para obter o comando da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Pelas artimanhas do destino, esse mesmo Dirceu - que foi prisioneiro da ditadura, na juventude. Agora, um senhor de idade, é prisioneiro no regime democrático sob a acusação de ser um dos principais arquitetos do esquema de corrupção que o país passou a conhecer como Mensalão, sendo condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
  Em seu livro "Abaixo à Ditadura - o movimento de 68 contado por seus líderes", da Editora Garamond, em parceria com o companheiro Vladimir Palmeira, ele escreveu que "tanto eu como Vladimir representávamos a postura anti-establishment, anti-ordem, até no modo de vestir, de falar, de nos comportar. Simbolizávamos a irreverência, a rebeldia e, nesse sentido, éramos mais do que lideranças contra a ditadura, contra a política educacional. Éramos lideranças que se opunham a todo um estado de coisas, à ordem estabelecida, a uma mentalidade que existia e que nós queríamos mudar. E tínhamos, cada um à sua maneira, todo um folclore à nossa volta".
  Ele se descreve como um jovem diferente, alegando que o simples fato de entrar em um lugar chamava a atenção das pessoas, porque falava, vestia e se comportava de um modo totalmente peculiar. "Tinha a mania de me sentar em cima da mesa do professor, gostava de botar os pés na carteira, usava uma roupa pouco convencional para a época: calça azul, camiseta gola canoa e um sapato sem meia. Ainda por cima, não admitia que alguém falasse alto comigo ou me desse ordens, nenhum professor podia se dirigir a mim desse jeito. Logo me levantava e começava a discutir".
  Mas, ele também conta de uma mudança repentina de comportamento, quando "às vezes me vestia com apuro e a direita na faculdade ficava perplexa, porque eu costumava andar todo sujo, sempre com o mesmo par de sapatos e a mesma calça e, de repente, aparecia de terno e gravata, muito bem-arrumado. Ia assim todo elegante só para mostrar a eles que isso não significa nada - a direita considerava que andar bem-vestido era o critério para julgar que uma pessoa é culta, pertence à elite. Quando fui eleito à presidência do Centro Acadêmico, resolvemos dar uma grande festa na boate mais badalada e chique da época, a Beco. Era um lugar muito exclusivo, mas naquela noite a esquerda é que se divertiu lá."
  A prisão de Dirceu e outras lideranças estudantis ocorreu no desmantelamento do XXX Congresso da UNE marcado para a proximidade de Ibiúna, em São Paulo, no qual compareceram cerca de 800 estudantes. Tratava-se de uma reunião considerada ilegal pelo regime, tendo em vista a representação estudantil ter sido colocada na clandestinidade.
  O Correio da Manhã, de 14 de outubro de 1968, registrou da seguinte forma: "A maioria dos estudantes está dormindo. Outros tomam café. É uma surpresa geral a chegada da polícia. Não há a menor resistência. Os estudantes estão numa casa bem grande e num grande abrigo coberto por lonas. Todos vão saindo, com as mãos apoiadas na nuca. Os policiais ficam surpreendidos. Não esperavam encontrar tanta gente assim... É preciso andar 12 quilômetros, a pé, para chegar até o local onde haviam ficado os veículos. José Dirceu, presidente da ex-UEE de São Paulo, sai entre os prisioneiros presos. A maioria dos policiais não o conhece. Dirceu aproveita para procurar misturar-se com os outros, sem ser identificado. Mas um soldado desconfia de Dirceu. Separa-o do grupo dizendo: 'Esse aqui deve ser cana das boas'. José Dirceu é reconhecido pelo delegado Paulo Boncristiano, que o separa na mesma hora dos outros estudantes. O delegado se entusiasma: "Toda a liderança do movimento estudantil deve estar aí. Precisamos reconhecer essa gente toda, um por um. Será que não escapou ninguém? Será que a Catarina está aí? E o Travassos? Acho que o Vladimir deve estar aí no meio.' Faz muito frio, os estudantes pedem cobertores para se proteger. A maioria prefere ir embora do jeito que está, porque nas bagagens estão coisas que podem piorar a situação: panfletos que a polícia considera subversivos, caixas de balas, armas. Assim, fica tudo abandonado, inclusive documentos, principalmente carteiras profissionais e cédulas de identidade."
  A prisão pela ditadura permitiu que na volta à democracia José Dirceu passasse a ser um dos principais quadros do Partido dos Trabalhadores, no qual alcançou o cargo de ministro da Casa Civil, no governo Lula, com grande projeção no cenário nacional, até o surgimento das primeiras denúncias sobre o Mensalão, desencadeando depois de intensas sessões no Supremo Tribunal Federal (ST ) em sua condenação como culpado.
Sobre o movimento estudantil nos anos 60, Zé Dirceu escreveu que "em São Paulo, passamos vários meses ocupando as faculdades de Direito e Filosofia. As escolas tinham virado repúblicas livres, onde se fazia política, arte, cultura - e até se estudava. Lá comíamos e bebíamos, fazíamos reuniões, eventos, conferências; lá dormíamos e namorávamos. Milhares de estudantes circulavam pelos pátios e corredores, numa verdadeira feira, em ebulição permanente... imagine o que era uma universidade ocupada em 68. Parecia que estávamos diante do embrião de uma sociedade diferente, inaugurando novas formas de relacionamento e de cooperação entre as pessoas. Era uma festa."
Como na poesia de Drummond: "A festa acabou. E agora, José?

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A sociedade de massas e o pão e circo

 


 Uma das características do mundo atual, como efeito do processo de globalização, tem sido a instituição de um quase pensamento único. Apesar da profusão das informações por meio dos modernos meios de comunicação, nos quais se destaca o crescimento da internet e a veiculação de “ideias” ou pré-conceitos 
pelas redes sociais há um estímulo à aceitação 
do modo de pensar padronizado com pouco 
espaço para a inovação, reflexão e ideias
próprias. 
 
No século passado, filósofos como Jean 
Paul Sartre manifestaram preocupação 
com esse processo de massificação e 
coisificação da sociedade. O intelectual 
francês destacava o fato de em seu tempo 
de escolas, as classes possuírem número
pequeno de estudantes, comparativamente 
com a época atual (e se referia aos anos 60), 
com os professores tendo de lidar com elevado
número de alunos e em várias turmas.
  
A cultura de massa estudada por muitos como
Edgar Morin permitiu o acesso de muitos bens 
culturais a um maior número de pessoas, 
desfazendo o conceito elitista de o conhecimento
estar ao alcance apenas de uma minoria. 
O problema, no entanto, é que a produção 
cultural obteve crescimento vertiginoso e com 
o empobrecimento intelectual do público, devido 
à queda universal da qualidade da educação, a 
chamada cultura de massa passou a prevalecer 
na esfera social. 
Os megaeventos colocados à disposição do público
precisam estar associados ao glamour das luzes,
das cores, da potência do som, do barulho, do 
grotesco e do inusitado. A um cantor não basta
cantar. É preciso que haja o acréscimo de um 
sinalizador, espalhando chamas e fumaça, no 
 melhor estilo do Mané Fogueteiro. 
OK, na música clássica também há espaço para 
um canhão verdadeiro ilustrando musicalmente 
as conquistas de um Napoleão. Há busca da 
criatividade e do novo está na raiz do processo 
artístico. 
Mas há horas que o sucesso advém de algo 
mais minimalista. João Gilberto, um banquinho e 
um violão, “pra fazer feliz a quem se ama”.
 Ou até mesmo, o samba de uma nota só. Não
 importa. Há os que procuram fugir do processo
 de massificação para que possam vir à tona 
respirar. Fugir do pensamento de rebanho, 
contudo, exige uma solidificação cultural, que 
nem sempre é adquirida com o voar de um
aeroporto a outro, conhecendo-se cidades e gente. 
Às vezes, se vai mais longe, preso em um pequeno
espaço de um quarto rodeado de livros que 
verdadeiramente penetram na cabeça do
indivíduo, fazendo que os neurônios adormecidos
comecem a despertar. 
Machado de Assis não precisou de empreender
muitas para produzir sua obra magistral. O poeta 
Drummond arriscou apenas ir a Buenos Aires,
assim mesmo descendo do avião indo direto a 
um teatro, recebendo a premiação e logo retornando. 
E pensando bem, até Jesus Cristo em sua trajetória 
percorreu um espaço pouco menor que um raio como 
o de Rio-São Paulo, mas com sua mensagem
transformou todo o pensamento ocidental com
grande influência em todo mundo. 
Panem et circenses é a forma latina que significa
pão e circo criada pelos antigos governantes romanos
que via na reserva alimentar e diversão como a melhor
forma de diminuir a insatisfação popular contra os 
desmandos da elite no poder. 
A democracia é o regime implantado com o objetivo
de garantir a cidadania a toda a população. Ela, só se
constrói com o acesso à boa educação, bens culturais,
saúde, habitação e todas as coisas que garantem uma 
boa qualidade de vida.
Na Roma antiga espetáculos sangrentos, como o das
lutas dos gladiadores, eram acompanhados pela
distribuição de pães para diversão da população. 
Em pleno século XXI há um pouco desse mecanismo, 
nos qual as pessoas são assediadas. É o mundo das 
drogas, do sexo, dos shows, da rebelião sem causa, 
da fama de 15 minutos em um processo de robotização 
das pessoas. Na antiguidade, isso foi descrito pelo 
humorista e poeta romano Juvenal (100 d.C) como 
a política do pão e circo. 
Em sua Sátira X descrevia a falta de informação do 
povo, com o afastamento dos assuntos políticos por
meio da comida e diversão. Hoje vivemos a obesidade 
do corpo em alguns casos ou a dos corpos sarados ao 
lado da obtusidade da mente. E até, em alguns casos, 
nossos humoristas são mais de nos fazer chorar.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Salve, lindo pendão da esperança!"



A proclamação da República no Brasil, no ano de 1889, criou-se uma nova bandeira para representar a nova fase da história brasileira. A bandeira do Brasil Império (1822-1889) foi substituída pelo projeto de Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, mas a inspiração dos autores para produção da nova bandeira continuava sendo a bandeira do período imperial desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret. Já o Hino à Bandeira brasileira apareceu pela primeira vez em 1906, com letra do poeta Olavo Bilac e música de Francisco Braga.  O início da letra diz:
"Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!"
A Bandeira brasileira também é exaltada em um hino do Exército "Fibra de Herói", com letra de Teófilo de Barros Filho e música do maestro Guerra Peixe. Um trecho da letra diz:
" Bandeira do Brasil
Ninguém te manchará
Teu povo varonil
Isso não consentirá
Bandeira idolatrada
Altiva a tremular
Onde a liberdade
É mais uma estrela
A brilhar"


PS: publicado em 19 de novembro de 2011


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Tchê do JS Escolar: repórter guerreiro

Ronaldo Tchê, além de amigo foi um dos meus primeiros orientadores, quando comecei a trabalhar como repórter de Educação no antigo  Jornal dos Sports. Em plena período de ditadura, como repórter é dono de um longo histórico, no qual a busca pela notícia era colocada acima de tudo. Em um vestibular da antiga Uni-Rio (Escola de Medicina e Cirurgia) resolveram boicotar a imprensa (coisas do período autoritário). A ansiedade era grande entre os estudantes pelo resultado do vestibular. Tivemos a informação que a lista seria afixada no mural da universidade, no fim da noite, e só no dia seguinte poderia ser vista pelos candidatos. Tchê simplesmente pulou o muro alto, trouxe a lista para a Redação, os números e nomes foram copiados rapidamente e a lista devolvida para o paredão de onde saiu. No dia seguinte, o JS publicou o resultado do vestibular com exclusividade. Conto a história com o que me ficou na memória - talvez com algum ou outro erro -, mas apenas para acentuar a iniciativa de Tchê como repórter.

Mas, talvez, a sua grande façanha foi a de entrar em um hospital, no qual um líder estudantil estava baleado em estado grave e cercado de seguranças para que nada fosse noticiado. Tchê simplesmente teve a iniciativa de conseguir um jaleco com um funcionário e passando por enfermeiros e médicos, conseguiu chegar ao quarto do paciente e cuidadosamente fotografá-lo. Infelizmente, o regime foi cada vez mais endurecendo e a censura tomou conta de vez.

Agora com o passar dos anos. Graças aos avanços tecnológicos. Recebo uma carinhosa mensagem do Tchê, mandando notícias.
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Caro Maurício. Um grande e afetuoso abraço! Um abraço também para o Adolfo.. Lembra de mim? Sou o Tchê do JS Escolar, de significativa memória. Parabéns pela Folha Dirigida. Que sucesso! Da mente do Adolfo, era de se esperar tudo isso! Ainda mais com colaboradores como tu... Parabéns pelos excelentes textos que acabei de ler! Se um dia vieres ao sul ( ou o Adolfo) me procurem.
Casaste? Tens filhos? Eu tenho três filhas e um neto de 8 anos...
... Estou aposentado e me sinto muito jovem. E você? O jornalismo é uma cachaça: colaboro com o site O PORTAL DO JARDIM ALGARVE. Ainda conservo um texto correto. Ah! a imodéstia! Dá uma olhadinha na "Coluna do TeleRonaldo". São matérias polêmicas como "Mulher, a Redenção Fora do Paraíso", pela qual me chamam de "ateu"... (Ou à toa...) Mas chega de falar de mim.
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