Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

terça-feira, 30 de junho de 2009

Plano Nacional de Educação

A CEC (Comissão de Educação e Cultura) da Câmara dos Deputados realizará nesta terça-feira, 30, às 14 horas, uma videoconferência para debater a construção do novo PNE (Plano Nacional de Educação). O Plano definirá os rumos da educação brasileira nos próximos dez anos. O debate será aberto ao público de todo o Brasil e para participar basta ir até uma das Assembléias Legislativas. Outra opção é acessar o site www.interlegis.gov.br. Nesse caso, perguntas e sugestões poderão ser feitas por meio do endereço eletrônico gab.mariadorosario@camara.gov.br.

A abertura da videoconferência será feita pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP), e a condução dos trabalhos pela presidenta da CEC, Maria do Rosário (PT/RS). Já o balanço das perspectivas do debate ficará a cargo da presidenta do CNE (Conselho Nacional de Educação), Cléria Brandão. Seminários – Durante o segundo semestre de 2009 a CEC e as entidades envolvidas farão uma série de seminários regionais e encontros municipais para levantar propostas locais sobre o PNE. Essas idéias serão sistematizadas em um encontro nacional a ser realizado, em Brasília, no final do ano.

Conselhos contra a gripe

REPASSANDO

REPASSEM... !!! É IMPORTANTE. A GRIPE CONTINUA AGINDO.
É sempre bom se prevenir...

A pedido de um amigo de pesquisas no tempo do nosso saudoso e querido Corsini, do qual fui amigo (nos anos 70) e discípulo no começo dos anos 80 em Imunologia e Genética (Unicamp), vou repassar a todos a maneira mais correta e saudável de enfrentar essa Influenza A (erroneamente chamada de gripe suína). O melhor que você pode fazer é reforçar o seu sistema imunológico através de uma alimentação correta e saudável, no sentido de manipular sua imunidade, preparando suas células brancas do sangue (neutrófilos) e os linfócitos (células T) as células B e células matadoras naturais. Essas células B produzem anticorpos importantes que correm para destruir os invasores estranhos, como vírus, bactérias e células de tumores. As células T controlam inúmeras atividades imunólogicas e produzem duas substâncias químicas chamadas Interferon e Interleucina, essenciais ao combate de infecções e de tumores. Bem vamos ao que interessa, ou seja quais alimentos são importantes (estimulam a ação do sistema imunológico e potencializam seu funcionamento).

Antes de mais nada, tome pelo menos um litro e meio de água por dia, pois os vírus vivem melhor em ambientes secos e manter suas vias aéreas úmidas desestimulam os vírus. Não a tome gelada, sempre preferindo água natural e de preferência água mineral de boa qualidade.
Não tome leite, principalmente se estiver resfriado ou com sinusite, pois produz muito muco e dificulta a cura.

Use e abuse do Iogurte natural, um excelente alimento do sistema imunológico.
Coloque bastante cebola na sua alimentação.
Use e abuse do alho que é excelente para o seu sistema imunológico.
Coloque na sua alimentação alimentos ricos em caroteno (cenoura, damasco seco, beterraba, batata doce cozida, espinafre cru, couve) e alimentos ricos em zinco (fígado de boi e semente de abóbora).
Faça uma dieta vegetariana (vegetais e frutas).
Coloque na sua alimentação salmão, bacalhau e sardinha, excelentes para o seu sistema imunológico.
O cogumelo Shiitake também é um excelente anti-viral, assim como o chá de gengibre que destrói o vírus da gripe.
Evite ao máximo alimentos ricos em gordura (deprimem o sistema imunológico), tais como carnes vermelhas e derivados.
Evite óleo de milho, de girassol ou de soja que são óleos vegetais poli-insaturados.

Importante: mantenha suas mãos sempre bem limpas e use fio dental para limpar os dentes, antes da escovação. Com esses cuidados acima e essa alimentação... os vírus nem chegarão perto de vocês.
Abraços 6 de maio de 2009 (uma pequena contribuição para vc enfrentar essa e qualquer gripe que porventura apareça no seu caminho). Se achar útil por favor repasse aos seus amigos...
Prof. Dr. Odair Alfredo GomesLaboratório MorfofuncionalFaculdade de Medicina - UnaerpFone: 36036744 ou 36036795

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Psicodrama e emancipação

A educação emancipadora, que ganha cada vez mais adeptos atualmente, é um conceito que foi colocado em prática já nos anos 1990 na Escola de Psicodrama de Tietê. O livro traz relatos de pessoas que participaram desse projeto como docentes ou discentes e de observadores externos, além de uma visão crítica e autocrítica do coordenador da experiência e organizador da obra.

É possível estabelecer uma relação de aprendizagem reconhecendo que o estudante é capaz de aprender de maneira autônoma, tirando suas próprias conclusões e escolhendo o seu caminho? O projeto desenvolvido pela Escola de Psicodrama de Tietê provou que sim. Ali, a experiência vivida por professores e alunos com base nas técnicas do psicodrama e do teatro espontâneo mostrou que os alunos podem aprender sem ter de se submeter à autoridade e ao controle do professor e da instituição escolar.


Essa proposta pioneira na metodologia de ensino, implantada na década de 1990, antecipou o que é hoje a palavra de ordem em educação: a construção coletiva do conhecimento, a autonomia como método e objetivo e a emancipação do estudante. Esses mais de dez anos de inovação pedagógica estão reunidos no livro Psicodrama e emancipação – A Escola de Tietê(440 p., R$ 76,90), lançamento da Editora Ágora. São depoimentos de professores, alunos e observadores externos organizados pelo psicólogo e psicodramista Moysés Aguiar, que coordenou a experiência na época.


O organizador

Moysés Aguiar é psicólogo, especialista em psicologia da arte e psicodrama. Atua como psicoterapeuta e operador de grupos. Destacou-se como um dos formuladores do teatro espontâneo, tema de apresentações, cursos e workshops que vem ministrando em vários países da América Latina e Europa. É autor de Teatro da anarquia – Um resgate do psicodrama (Papirus), O teatro terapêutico (Papirus) eTeatro espontâneo e psicodrama (Ágora), organizador de O psicodramaturgo (Casa do Psicólogo) e coautor de uma dezena de outros livros, alguns deles publicados na Alemanha, na Inglaterra e na Hungria. Atualmente, é professor no Instituto de Psicodrama e Psicoterapia de Grupo de Campinas, onde reside, e supervisor da Compañia de Teatro Espontáneo TransHumantes, de Santiago do Chile.

Título: Psicodrama e emancipação – A Escola de Tietê

Organizador: Moysés Aguiar

Editora: Ágora

Preço: R$ 76,90

Páginas: 440

ISBN: 978-85-7183-062-2

Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890

Site: www.editoraagora.com.br

Senai Cetiqt: estudo antropométrico


O Senai/Cetiqt investiu US$ 120 mil na compra e instalação do primeiro Body Scanner do Brasil. Importado dos EUA e supermoderno, o aparelho é peça fundamental na elaboração de um diagnóstico completo sobre o corpo do brasileiro, que está sendo traçado pela instituição. O estudo antropométrico vai registrar as medidas de cerca de 10 mil voluntários, de todas as regiões do Brasil. O objetivo é padronizar a modelagem das confecções no país, respeitando as características regionais. A primeira fase do estudo, onde as medidas dos voluntários foram feitas da forma tradicional, através do uso de fita métrica, e com aplicação de um questionário com informações relacionadas às condições sócio-econômicas, práticas esportivas e hábitos de consumo, já foi realizada. Na segunda fase do estudo, a medição é feita pelo Body Scanner, capaz de obter informações de forma mais rápida e precisa.

sábado, 27 de junho de 2009

Mercado de Trabalho

POR QUE HÁ TANTA GENTE BOA COM DIFICULDADE

EM SE RECOLOCAR NO MERCADO DE TRABALHO?*

*Saulo Lerner

Diretor do Key Executive Service

Right Management™

O mercado mudou a partir de agosto de 2008 bem como as necessidades dos seusplayers. Antes as preocupações eram atender às demandas do mercado. Agora o foco é a sobrevivência. Esse cenário trouxe novos desafios para executivos demitidos, CEOs e diretores, pois a ordem agora é conter custos.

Domínio das emoções, determinação e independência são fundamentais. Sobreviverão os executivos rápidos e saneadores, implacáveis na ação e capazes de produzir resultados tangíveis no curto prazo.

A ilusória estabilidade de um cargo sempre mascara um dado de realidade – tudo é finito. Trabalhar para permanecer e estar preparado para sair é o desafio de todos. Portanto, o caminho para ser o protagonista e não apenas um figurante da própria carreira é ter um projeto profissional.

Em uma primeira análise poderíamos concluir que há três categorias de profissionais. Aqueles com diferenciais competitivos, as “moscas brancas”, que em princípio só precisam encontrar uma forma de divulgar seus diferenciais, pois o mercado está ávido por comprá-los. Na segunda categoria estão os profissionais razoavelmente competitivos, similares aos seus competidores. Para esses vale a capacidade de estabelecer um networking adequado.Na terceira categoria estão os profissionais não competitivos. Defasados por haver ficado muito tempo em uma mesma posição ou empresa, não se atualizaram e nem evoluíram. Precisam identificar suas melhores competências para se reinventarem. Uma vez reformatados, poderão identificar onde estão as necessidades do mercado.

No mercado de executivos, fatores alheios ao conteúdo do trabalho têm muito peso, como é o caso dos “Três Cs”:

· Comportamento – domínio das emoções, apresentação pessoal e postura criam simpatias e antipatias.

· Cultura – identificação de valores comuns entre os iguais, que se reconhecem e se aproximam.

· Comunicação – clareza, objetividade, capacidade de síntese, saber ouvir, mais do que falar, é decisivo.

Os aspectos citados afetam todas as categorias de profissionais. Por que, então, algumas pessoas se recolocam rapidamente e outras demoram muito mais tempo?

Geralmente as pessoas estudam, se formam, começam a trabalhar e baseiam todo o projeto profissional nas competências técnicas. Questões importantes como um processo de comunicação consistente e sistemático com o mercado são absolutamente negligenciadas.

Frequentar associações profissionais, doar tempo livre para entidades de representação, ministrar palestras são tarefas percebidas como entediantes o que é um grande erro. Sem elas não somos conhecidos, reconhecidos, não temos imagem, não construímos alianças em volume e qualidade suficientes para viabilizar uma transição profissional tranquila.

E o que sobra? O canal congestionado dos headhunters. Cabe ressaltar que a relevância numérica dos

headhunters nos processos de recolocação é muito menor do que a existente no imaginário dos executivos. Além de não acessarem um grande número de posições disponíveis (especialmente as embrionárias ou provenientes de empresas não habituadas a comprar esse tipo de serviço), eles trabalham a partir de uma “especificação do produto” – job description.

Enquanto uns encontram possibilidades apenas nesses canais ou, fracamente, nonetworking, pessoas que construíram o seu projeto profissional de comunicação com o mercado passam absolutamente ao largo, pois são chamadas, requisitadas, convidadas para participar de grupos, projetos, empresas.

A capacidade de se aproximar de pessoas de destaque e reconhecimento, com credibilidade, representatividade e projeção, pode viabilizar alianças de valor inestimável. Contatos com profissionais diferenciados, jovens ou maduros, professores, escritores e conferencistas são excelentes oportunidades para aprender e construir alianças.

O acesso a canais diretos como anúncios de emprego em veículos confiáveis, além da leitura atenta de reportagens sobre mercado, são também guias imprescindíveis, pois levam a oportunidades e estimulam o indivíduo a produzir abordagens criativas.

O profissional atualizado e bem relacionado administra sua carreira, sabendo onde e como pode ser necessário no meio da turbulência.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

CBF Camp: craques pela internet


O CBF Camp, clínica de futebol oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) seleciona craques pela internet. Os interessados devem mandar vídeos demonstrando suas habilidades. Serão 66 vagas por etapa.

Crianças e jovens, entre 9 e 15 anos, que sejam bons de bola podem concorrer a uma vaga no CBF Camp, clinica de futebol oficial da CBF que acontece em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Os interessados devem enviar um vídeo de um minuto para o site www.cbfcamp.com.br e se inscrever em uma das quatro cidades participantes. Serão escolhidos 66 jovens por região, divididos nas categorias sub11, sub13 e sub15. A avaliação é simples: os candidatos que conquistarem o maior número de votos dos internautas serão convocados.

CBF Camp 2: o que é


O CBF Camp é realizado em Centros de Treinamentos usados por atletas profissionais. Os jovens selecionados terão a oportunidade de passar um fim de semana aprimorando seus fundamentos táticos e técnicos. Eles vão conhecer o trabalho feito com jogadores da Seleção Brasileira, com treinos, alimentação, palestras e jogos, supervisionados por profissionais da CBF.
Nos dias 11 e 12 de julho, serão realizadas as etapas de Brasília e do Rio de janeiro. Na Capital Federal, os treinamentos vão acontecer na ASCADE (Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados). Já no Rio, o Ninho do Urubu, centro de treinamento do C.R. Flamengo, vai sediar o CBF Camp.
Na semana seguinte, é a vez das etapas de Belo Horizonte e São Paulo. O CBF Camp mineiro terá como sede o Toca da Raposa I, CT do Cruzeiro Esporte Clube e acontece nos dias 18 e 19 de julho. Em São Paulo o evento será no CT da Associação Portuguesa de Desportos.

CBF Camp 3: convocações


Todos os convocados devem comparecer aos locais dos eventos levando apenas chuteira e caneleira (no caso de goleiros, luvas). Os uniformes e demais materiais serão fornecidos pela organização do CBF Camp.
Em cada uma das quatro etapas, serão selecionados seis destaques, dois de cada categoria (Sub11, Sub13 e Sub15). Estes jovens serão convidados a participar gratuitamente do Super Camp Brasil, colônia de férias oficial da CBF que acontece de 26 de julho até 1º de agosto, na Granja Comary, em Teresópolis. Por uma semana, os participantes do Super Camp Brasil viverão o dia-a-dia de uma concentração da Seleção Brasileira, em seu centro de treinamento oficial.

CBF CAmp 4: Serviço

CBF CAMP – BELO HORIZONTE
DATA: 18 e 19/07/2009
HORA: 09:00
LOCAL: Toca da Raposa I - Avenida Octacílio Negão de Lima nº:7.100 - Bairro Bandeirantes – Pampulha – Belo Horizonte - MG
Inscrições e mais informações: www.cbfcamp.com.br

CBF CAMP - BRASÍLIA
DATA: 11 e 12/07/2009
HORA: 09:00
LOCAL: ASCADE - Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados - Av. L2 Sul (quadras 609/10) – Brasília – DF
Inscrições e mais informações: www.cbfcamp.com.br

CBF CAMP – RIO DE JANEIRO
DATA: 11 e 12/07/2009
HORA: 09:00
LOCAL: Centro de Treinamento Ninho do Urubu – Estrada dos Bandeirantes, 25.997 – Vargem Grande – RJ
Inscrições e mais informações: www.cbfcamp.com.br

CBF CAMP – SÃO PAULO
DATA: 18 e 19/07/2009
HORA: 09:00
LOCAL: Centro de Treinamento da Associação Portuguesa de Desportos - Rodovia Ayrton Senna, Km17 - Parque Ecológico - São Paulo - SP
Inscrições e mais informações: www.cbfcamp.com.br

SUPER CAMP BRASIL
DATA: 26/07 a 01/08/2009
HORA: Horário Integral
LOCAL: Granja Comary – Teresópolis – RJ
VALOR: R$1.950,00
Inscrições e mais informações: www.supercampbrasil.com.br

domingo, 21 de junho de 2009

A Marcha: uma leitura instigante

Nada contra os bestsellers e o ranking dos livros mais vendidos na temporada. Muitas vezes é preciso sair um pouco do chamado lugar comum e garimpar em outras fontes, fugindo do pensamento único que acaba ocorrendo entre os que lêem as mesmas coisas, ouvem as mesmas músicas e frequentam os mesmos ambientes.

Fora dessa ordem é que se situa A Marcha, mais uma obra prima do escritor norte-americano E. L. Doctorow, autor de Ragtime (que virou filme) entre outros clássicos. Sobre o livro vale o registro consagrador de John Updike, no The New Yorker, para quem A Marcha, romance vencedor do Prêmio PEN/Faulkner 2006, é um livro “Esplêndido...Doctorow aparece não tanto como um reconstrutor da História, mas como um visionário que consegue extrair poesia do passado.”

Já o The Economist frisa que “A escrita de Doctorow em A marcha é magnífica... Deixa um prolongado gosto metálico na boa — como saborear um projétil.”

Para o crítico Michiko Katunani, do The New York Times, A Marcha é “Um retrato de guerra que se assemelha à Ilíada, em que o conflito é apresentado como uma angústia humana primeva... Consegue unir o pessoal e o mítico em uma emocionante e comovente história.”

E você, o que anda lendo? Envie o seu comentário...

A Marcha 2: cidades queimadas

Na contracapa de A Marcha, a Editora Record destaca o seguinte texto de Doctorow, dando ao leitor um pouco do clima do livro: “Marchei um exército intacto por mais de 600 quilômetros. Arranquei as ferrovias dos rebeldes. Queimei suas cidades, suas forjas, seus arsenais, suas oficinas mecânicas, seus moinhos de algodão. Como suas colheitas, consumi seu gado e me apropriei de 10 mil dos seus cavalos e mulas.

Eles foram devastados e desprovidos, e ainda que nenhuma outra batalha seja lutada, suas forças devem fenecer e morrer de desgaste. E isso não é o suficiente para o secretário de Guerra.

Preciso me rebaixar junto aos escravos. Que se dane este Stanton — prestei o juramento de destruir a insurreição traiçoeira e preservar a União. É tudo. E basta.”

A Marcha 3: e o vento levou


O desenvolvimento de A Marcha é feito a partir do fato histórico ocorrido em 1864, quando o general William Tecumseh Sherman, após ater fogo em Atlanta, marcha com seus 60 mil homens para o leste, atravessando a Geórgia em direção ao litoral. Finalmente, dá uma guinada ao sul, rumo às duas Carolinas.

O incêndio de Atlanta é contado do clássico “E o Vento Levou”, que também foi levado ao cinema, se transformando em um dos maiores sucessos de bilheterias de todos os tempos.

Na apresentação de A Marcha é lembrado que “No quarto ano do conflito que cindiu o território norte-americano, o exército da União combatia as forças da Confederação. Para isso, era obrigado a saquear as plantações sulistas, apossando-se do gado e das colheitas, pondo abaixo cidades e vilarejos, em uma ação na qual arregimentou uma população migrante de negros emancipados e de refugiados brancos. Ao fim do sangrento conflito, que ceifou a vida de centenas de milhares, tudo o que restou foi a existência errante e transitória de desenraizados – espoliados ou vencedores.”

A Marcha 4: e as nossas cotas?

Qual a importância de uma obra como a Marcha vista do contexto brasileiro? Há muita coisa que pode ser analisada, tanto do aspecto literário, como do social e político. Uma delas é a própria questão do negro e o processo de Abolição da Escravatura nos Estados Unidos em relação ao que ocorreu no Brasil. Fica claro como foi possível a inserção do negro na sociedade americana, apesar da longa duração de uma política de segregação racial e a grande marginalização do negro da sociedade brasileira até os dias atuais, apesar do “fingimento” de idéias como a de um país longe da discriminação racial ao lado do contraponto de que “aqui o negro sabe o seu lugar”.

A Marcha 5: a indenização

A diferenciação do tratamento dado ao negro norte-americano em relação ao brasileiro verifica-se na A Marcha, quando o general Sherman, seguindo a política do presidente Lincoln, decreta a libertação dos negros no sul dos Estados Unidos, durante a Guerra de Secessão.

“As Ilhas Marítimas do sul de Charleston e os acres de plantações abandonadas ao longo dos rios por 50 quilômetros para o interior da Carolina do Sul, e vou incluir partes da Geórgia e o território que margeia o rio St. John’s na Flórida, são reservados para o reassentamento dos negros. Anotou isso? Reassentamento dos negros. Todos negro livre chefe de família terá direito a um título de 15 hectares de terra cultivável. Sim, e as sementes e o equipamento para a lavoura. Todos os limites serão determinados e os títulos de posse emitidos por um oficial general do exército dos Estados Unidos na condição de — pode chamá-lo — Inspetor dos Reassentamentos e Plantações...”

A Marcha 6: o racismo brasileiro

No Brasil, políticas de afirmação social e racial como a das cotas nas universidades recebem todo tipo de crítica tanto da minoria elitizada e inserida (no contexto, como se dizia no passado) socialmente como, também, de muitos negros não conscientizados do processo de Abolição da Escravatura no país. A política afirmativa americana colocada em prática no governo Kennedy, como uma das estratégias de inserção social do negro, permitiu em um pequeno espaço de tempo a formação de uma sólida classe média negra no país. Isso se reflete em toda a camada social, desde os cargos Executivos, empresariais, universitários, militares, etc e tal, sem falar na área esportiva e cultural, especialmente no cinema, música e indústria do entretenimento. Essa ascensão social do negro (já que a affirmation é uma política temporária) fez com que a Suprema Corte, depois disso começasse o processo de desaceleração da política de cotas.

No Brasil, no entanto, sequer essa tentativa recebe o respaldo da sociedade. O país que foi gentil com a imigração européia (espanhóis, italianos) e asiática (japoneses, etc) continua fechando as portas da ascensão social aos seus negros.

Ao contrário dos Estados Unidos, em que os negros são uma minoria, o Brasil é, atualmente, o maior país em número de negros no mundo, só perdendo para a Nigéria.

Aqui, como no passado, os negros continuam sendo exterminados na guerra urbana dos excluídos socialmente ou trancafiados nos nossos presídios de “insegurança máxima”. Nos presídios os negros têm a cota garantida. Neles são a imensa maioria.

sábado, 20 de junho de 2009

Jornalista com J

Muita gente se acha poeta e se intitula poeta. Há clubes, associações e igrejinhas de poetas. Contudo, só os verdadeiros poetas prevalecem. Quem for jornalista com J maiúsculo não deve se preocupar. O ideal seria o diploma, mas se prevalecer a decisão da Justiça é preciso agir de maneira madura, deixando o excesso de emocionalismo de lado.

Diploma de jornalistas

O jornalista Benito Alemparte apresenta o seu comentário sobre o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo: "Concordo que a decisão do Supremo não é o fim do mundo, mas registre-se que ela foi tomada não em função dos interesses da categoria nem da liberdade de expressão, mas em função da fortíssima pressão de grandes grupos midiáticos, com destaque para a Folha de São Paulo e as Organizações Globo, que há anos não escondiam que desrespeitavam a legislação, por considerá-la ilegítima. Não esqueçamos também que a sentença, em médio prazo, aviltará ainda mais os salários (no Rio sequer existe piso) e enfraquecerá os sindicatos, o que é péssimo.

Em tempo: em tese, qualquer pessoa, mesmo que seja apenas alfabetizada, pode ser jornalista. Se a sociedade gostar disso, lamento."

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jornalistas e o canudo

A decisão do STF de derrubar a exigência do diploma de curso de Jornalismo para o exercício da profissão, causou um clima de revolta entre muitos profissionais, principalmente os formados recentemente. Assunto polêmico, ao bater o martelo o Supremo entendeu (apenas um voto foi contrário à medida) ser o jornalismo uma tarefa mais artística do que técnica e por isso aberta a um maior número de pessoas.
A reação emotiva de alguns jovens jornalistas, conforme registros em Portais especializados como o Comunique-se apenas ressalta o despreparo de muitos, que perdem a oportunidade para realizarem uma análise isenta e profunda do assunto, dando margens a comentários desairosos aos membros do STF, com a utilização de textos muito longe do que se propõe para um bom jornalista.
Tive durante anos a tarefa de orientar jovens jornalistas e estagiários. Informa-los da importância da isenção (o que não significa, quando o contexto pedir, falta de opinião) foi sempre colocado em destaque.
O fim da exigência do diploma não deve ser visto como o fim do mundo.
Há lutas a serem travadas, entre as quais a do preenchimento das vagas públicas da função de jornalista, por meio de concurso público democrático e não por ações entre amigos ou reserva de vagas por partidos políticos. Essa é uma tarefa tão ou mais importante que a da própria luta pelo diploma.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Copa Itaú de Tênis

Foram revelados no domingo, dia 14 de junho, os nomes dos dois últimos integrantes da equipe de 24 campeões da Copa Itaú de Tênis Escolar e Universitário 2009, que desfrutarão de uma semana de treinamento na sede de Naples da Academia Sanchez-Casal, incluindo treino em quadra, preparo físico e curso de inglês. Os contemplados foram Liz Bogarin, da Escola Estadual Lydia Kitz Moreira, e Lucas Vaz, do Colégio Notre Dame de Campinas, que levantaram o troféu da etapa paulista do evento, na categoria 17 anos. Outras informações sobre a competição estão disponíveis no site www.trysports.com.br.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Diploma de jornalismo


Matéria polêmica teve seu desfecho em votação no Supremo Tribunal Federal (STF), em votação na quarta-feira, 17 de junho, com a derrubada da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Oito ministros votaram contra a exigência da graduação em jornalismo, enquanto o ministro Marco Aurélio Mello foi favorável à obrigatoriedade do diploma. A exigência do diploma tem o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaje), que fez campanha nesse sentido.

É preciso ver agora, os efeitos da decisão do Supremo em relação ao mercado de trabalho e de que maneira ela influenciará os cursos de Jornalismo existentes no país, bem como a questão dos estágios.


Mudanças Climáticas

*Impacto das mudanças climáticas será mais severo para pessoas de baixa renda, alerta relatora da ONU*

A relatora especial da ONU para o direito à moradia adequada, Raquel Rolnik, apresentou relatório sobre o impacto das mudanças climáticas no acesso à moradia, perante o Conselho de Direitos Humanos, em Genebra. O documento afirma que o impacto das mudanças climáticas será especialmente severo para as pessoas de baixa renda e moradores de países sem recursos e tecnologia para proteger suas populações.

“Temos um bilhão de favelados no mundo e há uma confluência perversa entre essa situação e os lugares mais expostos a desastres ambientais, como deslizamentos de terra e inundações”, disse Raquel. “As mudanças climáticas e os desastres associados a elas são inevitáveis, porém a Terra sobreviverá. Mas como ficará a humanidade? Quem construirá a arca de Noé que possibilitará a sobrevivência da espécie humana no planeta?”, questionou.

O que se coloca para as nações, segundo a relatora, é se essa arca será apenas para os poucos que têm recursos e dominam a tecnologia - nos países pobres ou ricos -, ou se valerá a promessa contida nas declarações e tratados internacionais de direitos humanos, “que é a idéia de uma arca para todos”.

A relatora alertou que é necessário “desenhar estratégias de mitigação e adaptação dirigidas para os grupos desfavorecidos em uma perspectiva que vai além da quantidade de recursos ou do controle da emissão de gases, hoje a discussão central entre os países”. Raquel destacou que essas estratégias devem ser desenvolvidas sob a ótica da garantia dos direitos humanos, pois a solução tradicional adotada para as favelas – que desconsidera direitos e pontos de vista dos próprios moradores – não respeita o direito à moradia. A relatora também lembrou que a elevação do nível dos oceanos ameaça inundar países instalados em pequenas ilhas, onde vivem cerca de meio milhão de pessoas já afetadas pela erosão das faixas litorâneas.

O documento na íntegra, em inglês, está disponível no link abaixo: http://raquelrolnik.wordpress.com/files/2009/06/statement_climatechange.pdf

*O relator espacial da ONU é um profissional independente escolhido pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para avaliar a situação do direito à moradia nos países membros. A urbanista e professora da FAU-USP. Raquel Rolnik foi nomeada relatora para um mandato de três anos em junho de 2008.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Dicionário de Filmes Brasileiros



Livro esmiúça mais de 4 mil longas produzidos no Brasil nos últimos 101 anos,


e ainda traz capítulo especial com as novas produções em andamento.

O pesquisador, cinéfilo e colecionador Antonio Leão da Silva Neto acaba de lançar a segunda edição – revista e atualizada – de seu “Dicionário de Filmes Brasileiros – Longa Metragem”. O livro, com nada menos que 1.152 páginas, é um trabalho de fôlego absolutamente indispensável para todos que, de alguma maneira, trabalham, pesquisam e estudam cinema no Brasil. São 4.194 sinopses, comentários, informações e fichas técnicas completas dos longas metragens produzidos no Brasil entre 1908 e abril de 2009.




O “Dicionário de Filmes Brasileiros – Longa Metragem” traz três apresentações e prefácios, assinados pelo crítico de cinema Rubens Ewald Filho, pelo Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura Silvio Da-Rin, e pelo cineasta Daniel Filho.



O autor



O paulistano Antonio Leão da Silva Neto é cinéfilo, pesquisador, economista e colecionador de filmes. Passou a catalogar atores e filmes brasileiros a partir dos anos 90, através de fichas tipográficas feitas especialmente para esta finalidade. Sua paixão pelo cinema e sua capacidade de organização já produziram os livros “Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro” (1998), “Dicionário de Filmes Brasileiros – Longa Metragem” (2002) e “Dicionário de Filmes Brasileiros – Curta e Média Metragens” (2006).


É também autor dos livros “Ary Fernandes – Sua Fascinante História” (2006) e “Miguel Borges – um Lobisomem Sai da Sombra” (2008).



Esta segunda edição do “Dicionário de Filmes Brasileiros – Longa Metragem” é uma edição do IBAC – Instituto Brasileiro de Arte e Cultura, com apoio da 2001 Vídeo, Secretaria do Audiovisual e Ministério da Cultura.



Serviço:


Dicionário de Filmes Brasileiros - Longa Metragem.


De Antonio Leão da Silva Neto.


Formato 17 x 24 cm - 1.152 páginas.


Edição: IBAC - Instituto Brasileiro de Arte e Cultura.


Apoio: 2001 Vídeo, Secretaria do Audiovisual e Ministério da Cultura.





segunda-feira, 15 de junho de 2009

Seguro-viagem

A partir desse mês, quem viajar para os países da Europa e da América do Sul pode ter acesso a dois novos planos de seguro-viagem, lançados pela CI –www.ci.com.br – empresa de intercâmbio e turismo para jovens. Os novos produtos chamam-se Intercare Europa e Intercare América do Sul.Além dessas novidades, a CI também revisou algumas coberturas dos planos já existentes - Básico, Pleno e Master - agregando, inclusive, maior valor nas coberturas médicas. Alguns países da Europa exigem uma cobertura mínima para a entrada em seus territórios, como é o caso dos que assinaram o Tratado de Schengen*.

Os novos planos Intercare Europa e América do Sul oferecem essa cobertura mínima, atendendo às regras desses países. Com essa cobertura, o cliente viaja tranquilo, garantindo que, em caso de alguma eventualidade, não precise desembolsar valores extras para cobrir despesas com o atendimento.

*Tratado de Schengen - O Tratado de Schengen é um acordo assinado desde 1985 entre países da Comunidade Européia (Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Finlândia, França, Grécia, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Áustria, Portugal, Espanha e Suécia) que estabelece a obrigatoriedade de que os turistas visitando esses países comprovem possuir uma Assistência a Viagens com valor mínimo de € 30 mil euros para garantir assistência médica por doença ou acidente.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Holismo, ecologia e espiritualidade


O consumismo, a fabricação compulsiva de objetos desnecessários e a consequente produção em série de lixo são apenas alguns dos aspectos que apontam para a supremacia cultural contemporânea da quantidade sobre a qualidade. Outros aspectos menos concretos porém igualmente preocupantes, presentes nos consultórios psicoterapêuticos, são estresse, TOC, pânico, angústia, obesidade, doenças psicossomáticas e até virtuais. Desarmar essa bomba da qual nós mesmos acendemos o pavio requer alguns resgates básicos. Essa é a proposta de Jorge Ponciano Ribeiro no livro Holismo, ecologia e espiritualidade – Caminhos de uma Gestalt plena, lançamento da Summus Editorial. Com base em sua extensa experiência e vivência profissional, o autor utiliza conhecimentos da Gestalt-terapia, da fenomenologia existencial e da psicologia das religiões para refletir – e apresentar propostas – sobre diversas questões cruciais para a relação do ser humano com o mundo atual e consigo.

O holismo, segundo o autor, é a matéria-prima da qual emana, naturalmente, uma visão de ecologia e espiritualidade. “Sem uma visão holística de mundo, dificilmente nos tornaremos sustentáveis; perderemos a sensibilidade para a transcendência e a espiritualidade, condições humanas de existência, que precisam ser apreendidas da realidade que nos cerca”, afirma.

O autor

Jorge Ponciano Ribeiro graduou-se em Filosofia e Teologia. É mestre e doutor em Psicologia pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma. Tem formação em Psicanálise e formação didática em Psicoterapia Analítica de Grupo e em Gestalt-terapia. Fez dois pós-doutorados na Inglaterra e foi pesquisador e supervisor no Metanoia Psychotherapeutic Institute de Londres.

Com quarenta anos de magistério superior, foi professor de Metafísica e História da Filosofia da Unimontes (MG) e é professor titular emérito e pesquisador sênior do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília. É também fundador e presidente do Instituto de Gestalt-Terapia de Brasília e membro da International Gestalt Therapy Association.

Ponciano escreveu vários livros, entre os quais Gestalt-terapia: refazendo um caminho; Gestalt-terapia: o processo grupal; Gestalt-terapia de curta duração; O ciclo do contato; Do self e da ipseidade e Vade-mécum de Gestalt-terapia, todos publicados pela Summus.

Ensino a Distância

Mais de 40 pessoas, representando cerca de 20 empresas, estiveram presentes no encontro que definiu o início das atividades da Aced (Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância), em Curitiba. A ideia é que esta nova entidade englobe um expressivo número de instituições brasileiras de setores como universidades, escolas, editoras, produtoras de vídeo, empresas de informática, agências de publicidade e marketing, transportadoras, ONGs educacionais, entre outros. Para o presidente da Associação, Carlos Alberto Chiarelli, ex-Ministro de Educação e atualmente diretor do Iesde (Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino), estas são áreas que participam do processo de viabilização do sistema educativo a distância, pelo qual já passaram mais de 2,5 milhões de alunos no Brasil. 

De acordo com Chiarelli, esta entidade tem como objetivo alavancar, ainda mais, as ações em prol da Educação a Distância (EAD). “Este é um esforço de toda uma cadeia produtiva para representar, de uma forma cada vez mais eficaz, a EAD, mercado que movimenta mais de R$ 2 bilhões por ano no Brasil”, destaca. O presidente ainda comenta que a reunião para a definição da diretoria e do lançamento da ACED foi realizada em Curitiba, devido ao fato de o Paraná ser um dos Estados mais expressivos neste setor. “Algumas das maiores empresas que atuam no Ensino a Distância estão localizadas aqui. Por isso, acreditamos que o pontapé inicial deveria ser realizado em Curitiba”, diz. E o Vice-Presidente Paulo Naddeo continua: “nós queremos difundir a importância da EAD para o Brasil. Mais do que isso, queremos disponibilizar a educação a todos. Acreditamos que pessoas mais preparadas possuem mais qualificação para melhorar as condições do nosso país, e a Educação a Distância pode ser uma das ações que irá ajudar a modificar o cenário atual”, afirma.

 

A diretoria da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância é formada, além do Presidente, pelo Vice-Presidente Paulo Naddeo, Reitor da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), pelo secretário Paulo Mesquita, da Maxi Gráfica Editora, e pelo tesoureiro Adauto Canedo da Silva, da empresa Alcance Superior. São suplentes da diretoria Ubiratan Vieira Guimarães, do Iesde, e José Lopez Perez, da Novodisc Mídia Digital da Amazônia. Além disso, a Aced possui um conselho fiscal composto pelo Professor Sérgio França, da Universidade Castelo Branco (UCB), pelo publicitário Cícero Lago, da agência 4.3.3 Comunicação, por Carlos Freitas, da empresa de educação corporativa Vector Skills, e pelo Professor Fábio Marcello Sorgon, da Sociedade Educacional Machado de Assis (Sema).

 

Perfil ACED

A ACED (Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância) foi criada para abrigar as instituições que atuam nas áreas que participam do processo viabilização do sistema educativo a distância. Esta entidade engloba um expressivo número de instituições brasileiras de setores como universidades, escolas, editoras, produtoras de vídeo, empresas de informática, agências de publicidade e marketing, transportadoras, ONGs educacionais, entre outros. O objetivo é alavancar, cada vez mais, as ações em prol da Educação a Distância (EAD).

 

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Neurônio espelho

Em véspera de feriado, trazemos para os leitores o artigo Educação e Família, da psicóloga Dora Lorch*, publicado no site da Comunicação Católica:


Muitas das grandes descobertas são feitas respondendo a perguntas aparentemente bobas. Por exemplo: por que gatos só têm gatinhos? A genética explica esta pergunta. Por que todas as frutas caem das árvores? Para esta questão, a lei da gravidade explica o fenômeno. Existem, porém, alguns comportamentos que parecem inexplicáveis. Por que bocejamos toda vez que vemos alguém bocejar? Para responder a questões como esta, descobriu-se há pouco tempo uma série de neurônios responsáveis por “copiar” alguns comportamentos. Eles são chamados de neurônios espelho.Você já percebeu que ao alimentar um bebê a pessoa parece estar comendo também? Abre a boca, mastiga e engole. Na verdade, são movimentos involuntários que servem para ensinar o bebê a comer, a mastigar e a engolir. Ele aprende copiando os movimentos que vê.Quando sorrimos, em troca recebemos sorrisos. Mas este gesto é um reflexo que fazemos, independentemente de gostarmos ou não da pessoa que nos sorri.

Sorrimos em resposta a uma atitude amigável. Faz parte do gênero humano. Os neurônios espelho têm uma função especial. Eles permitem que nós identifiquemos o sentimento de outras pessoas. São eles que nos fazem chorar em cenas tristes, ou sentir medo, quando assistimos a um filme de suspense. Eles funcionam como verdadeiros radares, facilitando a comunicação com o mundo ao nosso redor. Por causa deles, podemos nos colocar no lugar de outra pessoa, imaginar o que ela está sentindo e também aprender como devemos nos comportar em determinadas situações. Chamamos isso de empatia. Mas será que podemos desenvolver a empatia quando o mundo ao nosso redor não nos acolhe ou compreende?

Naiara é uma criança delicada, amorosa e tranquila. Aos dois anos de idade, ela e os irmãos foram retirados da casa dos pais e encaminhados para um abrigo. Os pais eram usuários de drogas e não tinham estrutura para cuidar das crianças. Por sorte, ela e o irmão gêmeo foram adotados por uma família. Mas meses depois foram devolvidos. O casal alegou que a menina apresentava comportamentos agressivos e pediram para ficar somente com o irmão. O juiz considerou que romper o vínculo entre os irmãos seria demais para ela e vetou o pedido.No abrigo, a coordenadora percebeu que Naiara tinha comportamentos compulsivos[1], especialmente na hora de dormir, e pediu uma avaliação psicológica. A menina mostrou-se tranquila, companheira e afetiva. Sua delicadeza comoveu a psicóloga: “você sabe o meu segredo?”. Um pouco depois repetiu: “você sabe o meu segredo? Eu não tenho família”. Depois disso, perguntou algumas vezes quando sua mãe iria buscá-la. É possível que o acolhimento recebido neste novo lar tenha ensinado a ela a noção de família. Pessoas reunidas em uma casa, com vínculos de amor, amizade e cooperação. Como a adoção não deu certo, ela foi devolvida. Com tanta dor, não é de se estranhar que ela busque alguma coisa que lhe traga prazer e a sensação de que está protegida. Como é que alguém pode devolver uma criança como se fosse um objeto sem sentimentos? Onde está a solidariedade que nos tornou a espécie dominante? Mas não se devolve somente os filhos adotivos. Quando expulsamos nossos adolescentes de casa, ou quando banimos um aluno da escola - especialmente se a escola é pública -, simbolicamente, estamos fazendo a mesma coisa. Acredita-se que o neurônio espelho seja responsável por compreender o que está nas entrelinhas da comunicação. Nestes casos, estamos dizendo que eles não merecem nossa consideração, nem que lutemos por eles, ou mesmo uma nova chance. E, provavelmente, eles responderão às vezes se submetendo, outras vezes agredindo a quem não os acolhe. Por enquanto, Naiara espera todos os dias a hora em que uma mãe irá buscá-la. Ela tem seis anos.

[1] Comportamentos compulsivos são comportamentos normalmente repetitivos, em geral servem para tentar controlar algum sentimento.

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O que você achou do artigo? Dê sua opinião, envie dúvidas e sugestões para a psicóloga Dora Lorch! Para isto, basta enviar um e-mail para: doralorch@uol.com.br.

* Dora Lorch é psicóloga, mestre em psicologia e autora do livro “Como educar sem usar a violência” (Summus Editorial). Atua também como coordenadora do Projeto Florescer da Fábrica do Futuro, melhorando o relacionamento entre pais e filhos.Dora Lorch participará, entre os próximos dias 1 e 4 de julho, em São Paulo, do 12º EDUCAIDS, um encontro de educadores para a prevenção das DST / AIDS e das drogas. Inscrições podem ser feitas até o próximo dia 24 de junho pelo site www.apta.org.br ou pelos telefones (11) 3467-9386 e (11) 3467-9391.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Desafios do corpo Pilates


Chega ao Brasil o novo livro de Brooke Siler. Com muitas ilustrações e fotografias, a obra apresenta novos exercícios e aplicações do método Pilates de condicionamento físico. Tendo amplo domínio da técnica, a autora reinventa o modo de praticar os exercícios em diversos ambientes e situações, extraindo o máximo de cada movimento.

Segundo a editora, Brooke Siler inova mais uma vez na aplicação dos conceitos de Pilates – método de condicionamento físico desenvolvido por Joseph Pilates há quase cem anos. Em seu novo livro, Desafios do corpo Pilates (240 p., R$ 74,90). A obra foi lançada pela Summus Editorial, e nela a autora amplia os horizontes da técnica e apresenta novos caminhos para a prática em casa, na academia ou no trabalho. Para isso, mostra exercícios tradicionais, com o auxílio de equipamentos especialmente criados para a prática, e outros derivados da sua experiência como instrutora do método. O objetivo é chamar a atenção para a consciência corporal e demonstrar os benefícios proporcionados pelo método Pilates – seja para o bem-estar, seja para a forma estética –, sem que a atividade se torne enfadonha.

Título: Desafios do corpo Pilates – Na academia, em casa e no dia a dia
Autora: Brooke Siler
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 74,90
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.summus.com.br

O que é o método Pilates

Criado por Joseph Pilates, no início do século XX, para utilizar a arte e a ciência do controle muscular, combina filosofias e técnicas orientais com métodos ocidentais de educação corporal em busca do desenvolvimento equilibrado do corpo sob o controle da mente. Além de trabalhar a “casa de força”, o método procura fortalecer e alongar as outras partes do corpo por meio de exercícios de baixo impacto e com poucas repetições, no solo ou em aparelhos específicos para esse fim.

Antes aplicado no treinamento de atletas ou como técnica de reabilitação, o método atualmente é praticado por pessoas que sofrem com dores na região das costas ou dos joelhos, que desejam corrigir problemas posturais ou manter o corpo flexível e a musculatura tonificada.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Leilão do Jornal dos Sports

Aprovação Automática para o jornalista Benito Alemparte, em precisa análise sobre a situação do Jornal dos Sports. Uma única ressalva - felizmente, a morte de jornais não ocorre devido a nós jornalistas. Muito pelo contrário. Quando o diálogo é interrompido pelos "donos", que, em uma atitude arrogante assumem os ares de que sabem tudo, transformando o Jornalismo em uma simples questão empresarial, achando que devem ser seguido à risca, o processo de queda se torna inevitável.

Construir uma equipe coesa é tarefa que demanda muito tempo. A destruição de uma equipe, no entanto, ocorre da noite para o dia. Em pouco tempo, muitos acabam se afastando e, infelizmente, os novatos que chegam não possuem a experiência necessária para fazer a máquina andar da maneira correta.

O Correio da Manhã é um caso à parte, pois foi destruído em uma época de autoritarismo. Já o velho JS - criação do imortal Mário Filho - foi vitimado por administrações que não tiveram o bom senso de ouvir os jornalistas experientes e consagrados que poderiam colocá-lo em sintonia com os novos tempos.

"Tudo que é sólido desmancha no ar", alertava o velho Marx. Antes dele, o Mestre dos Mestres alertava para a necessidade de se construir uma casa em bases sólidas.

E o Eclesiastes fazia menção a "vaidade", como em tudo, destruidora de muitas coisas.

Com a palavra o Benito Alemparte:


"Caro Maurício, se quiser pode usar no blog. Abraços


Fiquei sabendo hoje, pelo site do nosso sindicato, que a marca 'Jornal dos Sports' (o mais antigo diário de esportes do país) será leiloada no dia 14 de julho, por decisão da Justiça do Trabalho, para indenizar um ex-funcionário. Informa ainda o sindicato que o JS velho de guerra, hoje instalado próximo à Praça da Bandeira, tem o péssimo hábito de não indenizar demitidos e não depositar o FGTS. Mesmo quando firma acordos para pagamento parcelado, como fez com o Roberto Porto, não os cumpre, e fica por isso mesmo, demonstração inequívoca de que nossa Justiça, além de morosa, muitas vezes é ineficiente, diante das muitas artimanhas e firulas jurídicas. É aquela história que a nossa categoria conhece muito bem: a empresa vai mal, mas seus donos estão muito bem, obrigado.

Uma lástima, um triste fim. A situação é particularmente triste para os trabalhadores que estão com seus direitos ignorados e para pessoas como nós, Maurício, que iniciamos nossa trajetória profissional no Cor-de-Rosa, com muita honra. No meu caso, trabalhei lá por 21 anos consecutivos, passando pelas editorias de Educação e de Esportes. Fui demitido em 1997, sem saber o motivo, e felizmente recebi quase tudo a que tinha direito. O mesmo não ocorreu com quem foi desligado depois. Temos um colega que até foi readmitido, sem saber, e por isso até hoje não conseguiu receber o FGTS.

Nesse período, embora à distância, acompanhamos com pesar a crise do JS, que o levou à UTI em que se encontra, ferido de morte. Sofremos mais um pouco quando soubemos que a antiga sede do jornal, na Tenente Possolo, fora demolida sem pompa nem circunstância. Você deve lembrar, Maurício, que o prédio e aquela rua têm história. Por ali passaram grandes jornalistas e muitas autoridades. Na Tenente Possolo houve, por exemplo, desfiles relativos aos Jogos da Primavera e aos aniversários do jornal, assim como grandes filas e multidões por ocasião dos vestibulares. Alegria e tristeza tinham endereço certo: Tenente Possolo, 15/25 e imediações. Houve até uma vitória do JS sobre O Globo, quando da divulgação do listão de aprovados no vestibular, quando o JS adotou uma tática inovadora, lembra?

Muito mais haveria a lembrar, como os Jogos Infantis, o Torneio de Pelada do Aterro, Mário Filho, a quem devemos o Maracanã, motivo de orgulho dos cariocas e provável local da abertura ou encerramento da Copa de 2014, mas fiquemos por aqui. Lembremos a mais, apenas, que a agonia do JS não é de hoje. Ela começou ainda na sede anterior, há muitos anos, sob o alto patrocínio de dirigentes considerados gênios, que meteram os pés pelas mãos, deixando escapar a galinha dos ovos de ouro,

A possibilidade de morrer mais um jornal sem que os leitores sintam falta assusta (ou deveria assustar) os profissionais do ramo. Sabemos que a culpa não é nossa, mas, no fundo, nos sentimos cúmplices desse 'fracasso'.

O lance mínimo do leilão é de R$ 1,1 milhão. Temos dúvida se alguém estará disposto a dar tanto dinheiro por um título tão desgastado, ainda mais com o Lance! consolidado e com a concorrência cada vez maior do rádio, da TV e da internet. Creio que sairia mais barato, e seria mais eficiente, lançar um jornal com outro nome qualquer, pois o que vende não é o logotipo, mas o conteúdo, ainda mais se vier acompanhado de propaganda maciça. É por isso que ninguém se atreveu a ressuscitar títulos outrora fortíssimos, como 'Correio da Manhã', 'Última Hora' e 'Diário de Notícias'.

Tomara, Maurício, que a gente não seja obrigado a enterrar mais um jornal, pois a cada um desses enterros, não somos só nós que ficamos mais pobres, mas toda a sociedade."

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Apresentações Vencedoras

Aprovação automática para Nei Loja autor do livro "Apresentações Vencedoras", da editora Record, que nos envia o seguinte texto:

"A comunicação é a maior arma da humanidade, concorda? E como vai a sua?

Você se acha carismático? E quando começa a falar, percebe que as pessoas lhe dão grande atenção e interesse? Ou ao contrário, sente vergonha de falar em público?
Pois saiba que quase metade das pessoas pesquisadas com estas simples perguntas responde que fazem de tudo para não falar. Uma parte até se expõe mas sentindo desconforto, e bem poucos, menos de dois por cento, se sente realmente confortável durante uma exposição de idéias para uma platéia.

Certamente é esta situação que nos leva a participar de treinamentos em técnicas de apresentações, mas é importante saber que cada treinador oferece orientações bem diferentes, às vezes causando frustrações evitáveis, se consideramos um ponto de partida bem reconhecido: Que os melhores comunicadores são pessoas que trabalham ou trabalharam em áreas comerciais. Isto porque verbalizar bem é inerente ao trabalho delas. São selecionadas pela sua inteligência verbal e o treinamento que recebem leva em conta o que dizer, como dizer, como convencer, além de como ser sintético, objetivo e claro. Portanto, usar uma abordagem de venda de idéias é que faz um ótimo resultado em comunicação, lembrando que existe até uma faculdade de comunicação onde se formam os publicitários, e eles é que são os maiores vendedores!

Veja então como funciona:
Deve-se saber que a atenção é a coisa mais desejada do planeta. Sem ela, claro que não se comunica nada, mas acontece que é disputadíssima e muito difícil de se obter. Nosso cérebro é desenvolvido para aceitar todos os estímulos, inclusive os internos, dele mesmo, dispersando-se em pensamentos paralelos a cada período deaproximadamente dez segundos. Pior, praticamente tudo rouba a nossa atenção, e sendo assim, claro que precisamos mesmo usar de velocidade e objetividade.

Estar previamente preparado, como fazem os vendedores, sempre funciona melhor, porém lembre-se de desmembrar o assunto até descobrir como desenvolver a melhor síntese, misturando a informação com motivação e convencimento. Comunicação verbal implica em controlar a mente dos outros, mas não é hipnose, é apenas a técnica de colocar “âncoras” no seu texto para manter aceso o interesse. É isso que faz o sucesso dos pastores (veja como crescem), políticos carismáticos e apresentadores de programas de TV... Tudo se resume a técnicas fáceis de se aprender e de energia para praticar a “cara de pau”.

Agora vem o Como se fala. Algumas pessoas se tornam monótonas, ainda que sejam inteligentes e capazes, apenas porque mantém um mesmo padrão de voz, coisa que dá sono e dispersa ainda mais a atenção. Neste caso, observe e imite os atores de filmes e da TV, trabalhando as modulações, para que as palavras carreguem também os sentimentos e as emoções. Dá mais trabalho e cansa mais, realmente, mas estamos tratando de coisas que poucos conseguem fazer bem até treinarem corretamente.

Agora vem o Comportamento, que implica na naturalidade do gesto e, sobretudo, na autoconfiança demonstrada, no sorriso e na expressão corporal correspondente ao que se fala.

Estas coisas básicas, além de outras bem interessantes sobre como as pessoas gostam de receber comunicação, precisam ser ensinadas e praticadas nos treinamentos, tanto apoiando cada treinando na construção de conteúdos , quanto trabalhando fortemente sobre a forma e comportamento que demonstram, avaliando então com técnica de especialista que sabe fazer muito bem o que ensina. Quem tem segurança de seus conteúdos e bom ensaio, ganha uma confiança extraordinária...

O reverso da medalha são palestrantes bisonhos e, pior, líderes que , do modo mais presunçoso, com platéias cativas, “alugam os ouvidos” dos colaboradores para discursos vazios e inúteis, levando à imensa desmotivação. Existe até uma expressão popularizada para pessoas assim, que “adoram falar para si mesmas” diante de platéias totalmente desinteressadas."

Os interessados no tema podem entrar em contato com Nei Loja pelo seguinte endereço eletrônico: <contato@inepnet.com.br>

Proteção ambiental

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a SOS Mata Atlântica assinaram Termo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento da Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim e da Estação Ecológica (Esec) Guanabara, no Rio de Janeiro, nos mesmos moldes do Termo que beneficia o Atol das Rocas. Só para este ano, são previstos investimentos da ordem de R$ 200 mil.

Doutores da Saúde

No próximo dia 18, quinta-feira, às 16h, o grupo teatral Doutor Bartô – Doutores da Saúde, composto por profissionais de saúde, do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HC da USP), encenam, no teatro da Livraria Cultura, no shopping Pompéia (Rua Clélia, 33), a peça Dentes em fúria contra o Tabacobaco, com entrada franca.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O voo 477 e a Nave Mãe Terra



De repente somos surpreendidos com um avião que cai no Oceano Atlântico ceifando mais de 200 vidas. São vidas com nacionalidades: francesa, brasileira, alemã e 71 vidas de outras nacionalidades.

Quando um avião cai coloca em dúvida a nossa teoria, ouvida de especialistas e repetida para algum amigo ou parente que viaja de avião: é o meio de transporte mais seguro que existe. Mas, como dizem os hermanos argentinos: apesar de tudo, cai.

E nós também caímos diariamente ao levantarmos da cama, quando sobrevivemos do sonho da morte. É mais um dia que começa e cá estamos. Alguns louvando o nascer do dia outros praguejando as contas a pagar e o trabalho-escravo (o nosso é sempre escravo) a nos esperar.

Nas bancas de jornais passamos ao largo ou paramos para ver a matança do dia. Bandidos que matam bandidos, policiais que matam bandidos, policiais que matam policiais, bandidos que matam inocentes, inocentes que matam bandidos, inocentes que matam e por aí vai. O noticiário procura sempre nos surpreender com o inusitado, que, em algum dia já foi: “cachorro fez mal a moça” e que hoje já não teria mais impacto.

Buscamos na queda do avião as explicações dos homens: dos ministros, dos peritos, dos religiosos e até dos numerólogos que por 1 mais 2 mostram que tudo estava pronto para o desastre iminente, em uma intrincada conjugação de números e probabilidades. Partimos incrédulos ou então acreditamos. Educados que somos para acreditar em tudo. Até na manchete da vaca que voa.

Se o avião marco de nossa tecnologia nos deixa na mão, o que pensarmos de nossos carros-carroça ou dos ônibus urbanos sem freio, sem óleo, sem motorista consciente que transporta 40 a 60 vida humanas? E os nossos trens continuarão andando nos trilhos? E as nossas barcas não nos aprontarão alguma nova manchete no meio da Baia da Guanabara?

E nós lamentamos as mortes do avião da Air France, como já lamentamos a do ônibus sequestrado ou do ônibus incendiado. E a cada dia que se sucede estaremos lamentando várias mortes.

No ônibus, no obituário do jornal procuramos algum conhecido que tenha partido antes de nós. Ou, politicamente incorreto, algum que, em nosso íntimo, dizemos “já vai tarde”.

Mas, os jornais não festejam a vida. Ninguém anuncia o seu rebento que acabou de nascer. Ninguém conclama nas páginas a chegada do João, da Maria, da Antonia, da Joana, do Roberto. Não há espaço para celebrar a vida.

E as barragens sangram e o rio desgraça famílias e gentes no Piauí. Mas, o que é o Piauí, além de um jornal para intelectuais?

E no Centro da nossa Terra cantamos a tristeza, esquecidos da vida.
Palavra de Mestre: “deixem que os mortos enterrem os seus mortos”.

Apesar de tudo: há vida.

“Cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida”, como nos versos de Belchior.
Ilustração: Mapa do Piauí


A inconsciência coletiva

J. A. Gaiarsa é um psiquiatra brasileiro, cujos livros, mesmo para o público leigo, servem de estímulo para o desenvolvimento do pensamento, mesmo que se discorde do autor em muitas abordagens de assuntos polêmicos. Por isso, o lançamento de "A insconsciência coletiva" é uma dica interessante para os leitores.

Segundo o material de divulgação do livro, "um gesto e um olhar dizem muito a respeito de uma pessoa, da posição que ela ocupa em uma situação e de seus possíveis bloqueios e expectativas. Assim, deveriam ser também significativos na análise psicoterápica, mas não é o que acontece.
Partindo dessa constatação, o psiquiatra J. A. Gaiarsa revela como o mundo foi tomado por uma espécie de “cegueira coletiva” diante da expressão corporal. Quando um paciente está no divã falando sobre seus problemas e anseios, será que o psicólogo é capaz de perceber suas verdadeiras aflições e questionamentos? Será que o paciente diz realmente o que seu inconsciente guarda?

No livro A inconsciência coletiva (248 p., R$ 51,90), lançamento da Editora Ágora, o psiquiatra José Angelo Gaiarsa faz uma releitura do pensamento de Wilhelm Reich aplicado à prática clínica. Tratando de um tema que já é velho conhecido de seus leitores – a importância de aprimorar, por meio do treino constante, a prática da visão para obter um maior conhecimento de si e do mundo –, Gaiarsa enfoca sua aplicação na prática de psicólogos e psicoterapeutas, para a qual esse hábito traz resultados especialmente benéficos.

Ao contrário da tradição psicanalítica, que privilegia quase exclusivamente o que se ouve, Reich observava aguda e persistentemente as pessoas, gerando assim os primórdios da leitura do corpo. Ele readmitiu a importância de tocar e observar o corpo do paciente, que a psicanálise havia excluído: “Ele não via o corpo como símbolo, repositório de impulsos obscuros, e sim como algo muito importante de se observar e que diz muito sobre nós”, afirma Gaiarsa. Porém, ainda preso à tradição, Reich não conseguiu exprimir livremente a psicologia do olhar, que enfatiza a importância do que se vê para a saúde mental. “O inconsciente é movimento e posição, que tomam conta de você antes de você perceber o que está acontecendo. Mas o outro (o de fora) pode ver – se estiver olhando, se estiver interessado”, afirma Gaiarsa.

Para o autor, ocupados em ouvir o que seu cliente tem a “dizer” os profissionais muitas vezes se esquecem de “enxergá-lo” realmente, perdendo assim a oportunidade de obter um vislumbre do inconsciente que se manifesta em caras, bocas e olhos. O diálogo verbal de comunicação, segundo ele, é limitado, pois as palavras isoladas não possuem significados, dependem do contexto em que são ditas, do momento, do tom de voz e da atitude. “Já as formas não verbais são intermináveis e sempre muito mais velozes do que as verbais. Como esperar que compreendam nossos medos e anseios se dizemos uma coisa enquanto nosso corpo expressa outra?”, questiona.

Separar a fala do modo de falar não é uma tarefa simples para a maioria das pessoas, incluindo os terapeutas. Atentos ao que o paciente diz, muitas vezes eles perdem a oportunidade de perceber a manifestação do inconsciente por meio de um olhar, um gesto, um tom de voz diferenciado. “Escondemos de todos e de nós mesmos o que temos de pior. O que somos verdadeiramente está em nosso inconsciente”, explica o autor.

O autor Com mais de trinta livros editados, o médico e escritor José Angelo Gaiarsa é conhecido por suas posições polêmicas. Paulista de Santo André e formado pela Faculdade de Medicina da USP (1946), é um dos mais respeitados psiquiatras de São Paulo. Palestrante de sucesso, trata de temas como família, sexualidade e relacionamentos amorosos. Pela Editora Ágora, Gaiarsa publicou os seguintes livros: Amores perfeitos; A cartilha da nova mãe; Couraça muscular do caráter; Educação familiar e escolar para o terceiro milênio; A família de que se fala e a família de que se sofre; Meio século de psicoterapia verbal e corporal; Minha querida mamãe; O olhar; Sexo, Reich e eu; Sexo: tudo que ninguém fala sobre o tema; Sobre uma escola para o novo homem; As vozes da consciência.

Título: A inconsciência coletivaAutor: J. A. GaiarsaEditora: ÁgoraPreço: R$ 51,90 Páginas: 248ISBN: 978-85-7183-055-4Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890Site: www.editoraagora.com.br

A Morte é a Rainha




O ex-ministro da Cultura do governo Lula, Gilberto Gil, tem uma composição feita especialmente para o também músico e compositor Jards Macalé intitulada “A Morte”. Neste tempo de comoção nacional, no qual o desastre com o Airbus A330 da Air France, tomou conta do noticiário das rádios e televisão, bem como dos jornais, a composição de Gil é bastante oportuna, pois, trata de maneira especial da própria fragilidade da vida humana.


Ela serve de reflexão, sobretudo, quando passamos dos limites e levamos ao extremo o nosso egoísmo, a nossa indiferença com as dores do próximo, com as dores do mundo, com o massacre da Mãe Terra, com o extermínio dos jovens pobres.


A vida que deveria ser um processo contínuo de aperfeiçoamento do ser humano, de melhoria da sociedade, da preocupação constante com os menos favorecidos, por vezes, é transformada no reino da ganância, da inveja, da corrupção e do jogo político barato, com a dilapidação do bem público e o trabalho traidor do lesa-pátria instituído por muitos políticos em uma contribuição permanente para o enfraquecimento da democracia.


E é nesse momento, quando surge “A Morte” ou coisa parecida, conforme acentua o poeta Belchior, que muitos deveriar refletir melhor sobre o verdadeiro sentido da vida. A poesia de Gil, nesse aspecto, diz muito sobre o assunto. Ei-la:


“A Morte É Rainha Que Reina Sozinha Não Precisa Do Nosso Chamado Pra Chegar Ociosas Oh Sim As Rainhas Estão Quase Sempre Prontas Ao Chamado Dos Súditos Súbito Colapso Pode Ser A Forma Da Morte Chegar Não Precisa De Muito Cuidado Ela Mesma Se Cuida É Rainha Que Reina Sozinha Não Precisa Do Nosso Chamado Medo Pra Chegar.”