Mauricio Figueiredo

Educação, recursos humanos e o melhor do et cetera

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Olimpíadas: já estamos acostumados...

Olimpíadas

Educação pública de baixa qualidade. Hospitais sucateados, com falta de material e pessoal. Índices de violência elevados com a população entregue à própria sorte.
Fala-se em milagre social, em geração de empregos e em muitos benefícios que o Brasil e, em especial, o Rio de Janeiro ganhará caso seja a sede das Olimpíadas de 2016.
A população de Chicago (48%) é contra a candidatura da cidade, por considerar excessivos os gastos e o risco de os políticos embolsarem a verba dos Jogos.
Quanto a nós, não há o que temer... Já estamos acostumados...

Da criação ao roteiro

Da criação ao roteiro

Doc Comparato divide com o leitor um amplo conhecimento sedimentado numa vivência prolongada do ato de escrever roteiros para o cinema e atelevisão, no Brasil e na Europa. Referência para roteiristas do mundo todo, a nova edição focaliza desde a ideia e os primeiros apontamentos até o roteiro final, com material inédito para o roteirista do século XXI.

Depois de uma longa temporada na Europa, o premiado roteirista Doc Comparato voltou ao Brasil com uma meta: reescrever a obra que se tornou referência para roteristas do mundo todo. O trabalho foi árduo, mas a missão foi cumprida. O resultado está no livro Da criação ao roteiro – Teoria e prática (496 p., R$ 79,90), lançamento da Summus Editorial.

Muito além de um compêndio sobre dramaturgia e comunicação de massa, a obra traz conceitos únicos, contemplando todas as esferas da arte e da técnica de escrever para televisão e cinema. Com exercícios atualizados, análises de roteiros e planilhas de avaliação, o livro trata dos tipos de diálogo, da estrutura dramática, da filosofia da ideia e das qualidades criativas necessárias ao roteirista. Em trechos inéditos, Doc mostra como escrever roteiros para as mídias digitais e apresenta o diário secreto de um roteirista, no qual conta os dias em que trabalhou ao lado de Gabriel García Márquez.

Lançada originalmente em 1987, a obra é adotada nas melhores escolas de comunicação do mundo, tais como o Real Instituto Oficial de Rádio e Televisão da Espanha, as universidades do Cone Sul, de Portugal e da Itália e as Escolas de Cinema de Berlim e Munique.

A nova versão – revista, ampliada e atualizada – chega em primeira mão para o público brasileiro. “A nova edição traz ampliações propícias para os dramaturgos do século XXI”, revela o autor. Trata-se de um livro didático, voltado em primeiro lugar para os principiantes na arte de escrever roteiros. Transmite experiência e saber de maneira metódica e sistemática, tendo em vista a formação de profissionais capacitados.

Dividida em quinze capítulos e três anexos, a obra aborda desde a ideia e os primeiros apontamentos até o roteiro em sua forma final, passando por tópicos como conflito, personagem, ação, tempo e unidade dramáticos. A edição atualizada inclui um capítulo que classifica roteiro para shows musicais, abordando desde a introdução temática de um show da Broadway até as especificações de um musical brasileiro e a sequência criativa da passagem de uma escola de samba. “É o único livro reconhecido no exterior por estimular o leitor por meio da filosofia da ideia, da criatividade e dos conceitos de cena. Um modo único de pensar, fazer e aprender dramaturgia”, destaca Doc.

Todos os capítulos começam com um texto reflexivo sobre o assunto em pauta e terminam com uma recapitulação ordenada da explanação e uma proposta de exercícios práticos. Dessa forma, o autor mantém o equilíbrio entre o texto teórico e o pragmatismo do manual que ensina como fazer.

Em “Roteiros para novas mídias”, o autor apresenta os caminhos possíveis da ficção cibernética e faz algumas reflexões sobre a internet. O capítulo é dedicado ao ROM – roteirista de novas mídias – que, segundo ele, terá o dever e a obrigação ética e estética de levar a dramaturgia para as novas mídias do terceiro milênio. “O futuro nos permite conceber uma interação ficcional entre palavra e imagem. Assim retornamos aos fundamentos da dramaturgia. O homem em ação despindo suas emoções”, diz o autor.

No capítulo “Diário secreto, conselhos e epitáfio para um roteirista”, o autor retrata a inconstância da profissão, demonstrando que a trajetória do roteirista e do artista em geral não é fácil. É nesse capítulo que se encontram trechos do diário que Doc escreveu enquanto trabalhava com Gabriel García Márquez, o Gabo, na produção da minissérie Me Alugo para Sonhar. O texto, intitulado “Diário secreto de um roteirista”, resume vivências e observações pessoais diante do trabalho profissional. A narração percorre o caminho da crônica e, ao mesmo tempo, mantém o foco didático.

Obra ideal para alunos e professores de comunicação, roteiristas, atores, diretores, produtores, estudantes de cinema, dramaturgos, escritores,publicitários e jornalistas. O autor Doc Comparato é médico, escritor, dramaturgo e roteirista. Roteirizou os filmes O beijo no asfalto, O bom burguês e O cangaceiro trapalhão. É um dos autores da primeira minissérie nacional, Lampião e Maria Bonita. Criou as primeiras séries brasileiras – Plantão de Polícia e Malu Mulher –, além de O Tempo e o Vento, A, E, I, O, Urca, A Justiceira e Mulher. Roteirizou com Gabriel García Márquez a minissérie Me Alugo para Sonhar. É autor de três trilogias teatrais e de vários trabalhos internacionais. Seus livros são adotados em diversos países.

Entre os prêmios que recebeu estão: APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte; Ana Magnani de Teatro (Itália); medalha de ouro no Festival de Filmes e Televisão de Nova York; prêmio da Academia Catalã de Letras; Coral Negro (Cuba); e prêmio de melhor filme no Los Angeles Latino International Film Festival 2007. Foi fundador e diretor do máster de Roteiro e Dramaturgia da Universidade Autônoma de Barcelona, consultor do European Script Fund, professor e conferencista em escolas superiores de cinema em diversos países e diretor criativo de vários canais europeus de TV. Ministrou um curso de dramaturgia e roteiro para a Academia Brasileira de Letras.

Título: Da criação ao roteiro – Teoria e práticaAutor: Doc ComparatoEditora: Summus EditorialPreço: R$ 79,90Páginas: 496ISBN: 978-85-323-0540-4Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890Site: www.summus.com.br

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Há 50 anos

No O Globo desta terça-feira, na seção Há 50 Anos há um registro com o título: "Tristão ganha dez salários de general", no qual é dito que o professor Alceu Amoroso Lima ( o nosso Tristão de Athayde) que foi a São Paulo para receber o Prêmio Moinho Santista, declarou a imprensa que "num país onde um general ganha cem mil cruzeiros por mês, e um professor universitário 25 mil cruzeiros, o prêmio de um milhão de cruzeiros representa uma reabilitação, uma verdadeira dignificação da cultura brasileira".

50 anos depois, diríamos nós, que o problema atual não é o salário dos generais (em reduzido número), mas a grande roubalheira e os gastos feitos com coisas que não são verdadeiras prioridades, como educação, saúde e habitação, por exemplo.

Agentes de transformação social

Formando agentes de transformação social

Visionário há mais de 50 anos, Gaiarsa busca, nesta obra, demolir a noção de ensino tradicional de psicologia. Para isso, sugere a criação de um novo tipo de faculdade, que leve em conta as especificidades do aluno e treine-o para lidar de verdade com os pacientes. O autor propõe o uso de sessões filmadas, para que a linguagem não verbal possa ser analisada, e o estudo de todas as linhas de psicoterapia, inclusive as preteridas pela ciência ocidental.

Nos últimos cinquenta anos, o mundo passou por inúmeras transformações. Vem mudando rapidamente, impulsionado pela tecnologia e pelo capitalismo, sem levar em conta a capacidade e a velocidade de adaptação das pessoas. No livro Formando agentes de transformação social – Subsídios para um projeto de faculdade (112 p., R$ 28,90), lançamento da Editora Ágora, o psiquiatra J. A. Gaiarsa foca seu olhar aguçado em um assunto de extrema importância para o presente e o futuro da humanidade: a necessidade de converter os seres humanos em agentes de mudança social.

“Precisamos de pessoas dispostas a envolver-se a fundo na transformação do planeta – para melhor. É imperativo começar a pensar em uma revolução pacífica e pedagógica”, afirma o autor.

O objetivo é mostrar que a escola, do ensino fundamental à universidade, continua autoritária, formando pessoas emocionalmente imaturas. Para ele, a tarefa número um da faculdade de psicologia é favorecer e, se possível, acelerar o desenvolvimento emocional e pessoal dos alunos. Na sua opinião, é preciso exigir mais da personalidade dos psicólogos para que eles não reforcem aquilo que foi erroneamente construído na mente de uma pessoa com a educação formal.
O autor aborda tópicos que precisam ser pensados e discutidos, como a introdução de técnicas modernas de autoconhecimento. Ele propõe o uso de sessões filmadas, para que a linguagem não verbal possa ser analisada, e o estudo de todas as linhas de psicoterapia, inclusive as preteridas pela ciência ocidental.

A proposta básica é a de uma nova Escola de Psicologia, na qual dois terços do tempo serão dedicados a fazer que todos os alunos passem por variados processos de maturação de personalidade. “Está na hora de todas as instâncias pedagógicas do planeta perceberem que 80% de tudo que se refere à programação escolar está completamente fora do tempo”, alerta o psiquiatra.

A obra reúne ensaios atuais e oportunos, contestando as instituições de ensino conservadoras e castradoras, que impedem o verdadeiro aprendizado e bloqueiam o raciocínio, ensinando aos alunos apenas fórmulas prontas e inócuas. Traz uma análise absorvente da educação brasileira, propondo a necessidade imediata de uma guinada radical e completa nesse campo – especialmente no curso de Psicologia, área de atuação do autor.

Para ele, é preciso orientar a escola e a família a fim de possibilitar o nascimento do novo homem, capaz de transformar o mundo em um lugar mais humano e menos hostil. O livro faz também numerosas referências a técnicas para ampliar a consciência corporal e afinar a percepção do outro, tornando o diálogo fecundo e profundo.

Ao final, o autor toca no problema magno com um capítulo dedicado ao Partido das Mães. Para ele, ninguém precisa mais de atualização do que a mulher – e a mãe. “O mundo seria com certeza muito mais pacífico e amoroso se elas assumissem o poder”, conclui.

O autor Iconoclasta, irreverente e pioneiro, J. A. Gaiarsa é um dos psiquiatras mais conhecidos e respeitados do país. Palestrantede sucesso, trata de temas como família, sexualidade e relacionamentos amorosos. Pela Editora Ágora, Gaiarsa publicou os seguintes livros: Amores perfeitos; A cartilha da nova mãe; Couraça muscular do caráter; Educação familiar e escolar para o terceiro milênio; A família de que se fala e a família de que se sofre; A inconsciência coletiva; Meio século de psicoterapia verbal e corporal; Minha querida mamãe; O olhar; Sexo, Reich e eu; Sexo: tudo que ninguém fala sobre o tema; Sobre uma escola para o novo homem; As vozes da consciência.

Título: Formando agentes de transformação social - Subsídios para um projeto de faculdadeAutor: J. A. GaiarsaEditora: ÁgoraPreço: R$ 28,90Páginas: 112ISBN: 978-85-7183-051-6 Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890Site: www.editoraagora.com.br

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Constituição

No próximo dia 5 de outubro serão comemorados os 20 anos da promulgação da Constituição Estadual. Para marcar a data, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – que foi o palco das discussões e votações que deram origem ao texto da Constituição – sediará uma sessão solene e dois painéis técnicos. A sessão solene será às 18 horas, no Plenário Juscelino Kubitschek. Já os painéis técnicos terão início às 8h30 da manhã no auditório Franco Montoro.

Para participar dos painéis técnicos – nos quais serão debatidos O Poder Legislativo Estadual: Aumento de suas competências e O Sistema Tributário Estadual: Tributos Estaduais e limitações ao Poder de Tributar, os interessados deverão se inscrever na página do Instituto do Legislativo Paulista, órgão da Assembleia Legislativa, na internet – que pode ser acessada a partir do Portal da Assembleia (www.al.sp.gov.br), clicando no tópico Instituto do Legislativo, que se encontra no lado direito da página. Depois, basta entrar em “20 Anos da Constituição Estadual”.




quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Intercâmbio no exterior

CI abre vagas de Au Pair na Europa e Estados Unidos. O programa de intercâmbio é uma oportunidade para aperfeiçoar idioma e ainda receber um salário


Trabalhar como Au Pair pode trazer ao estudante uma excelente oportunidade de aprender um outro idioma, inclusive, com crianças ou adolescentes, o que pode aperfeiçoar ainda mais a comunicação. Além disso, o participante vivencia uma nova cultura e acumula uma experiência profissional no exterior, o que sem dúvida, na volta ao Brasil, conta pontos na busca por uma colocação no mercado de trabalho.

A CI, operadora de intercâmbio e turismo para jovens do Brasil, oferece o Programa de Au Pair na Áustria, na Alemanha, nos Estados Unidos, na França e na Holanda. Para participar é preciso procurar qualquer loja da rede e escolher o país que mais combina com o gosto pessoal, porque cada local tem suas próprias características. “O sucesso deste programa é devido à qualidade e ao baixo custo, já que a jovem não gasta com acomodação e nem com alimentação, tem a possibilidade de estudar, viajar e ainda recebe um salário”, comenta Fabiana Fernandes, gerente do produto Au Pair na CI.

Quem se inscrever no programa Au Pair CI EUA até o dia 20 de outubro pode ganhar um vale-presente da Le Postiche. As interessadas devem inscrever-se e entregar o application – documentação que os candidatos devem providenciar para participar do programa – até o dia 10 de novembro.

Serão selecionados os 10 melhores álbuns de fotos – parte integrante do application. O resultado será divulgado no dia 30 de novembro.

Para mais informações, entre em contato com a CI São Paulo/SP (11) 3677-3600, Rio de Janeiro/RJ (21) 2512-6171, Porto Alegre/RS (51) 3346-4654, Brasília/DF (61) 3340-2040, Goiânia/GO (62) 3093-4353, ou acesse www.ci.com.br, para mais endereços. Sobre a CIA CI é a maior empresa de intercâmbio e turismo jovem do Brasil. Possui mais de 60 lojas e em seus 20 anos de atividade, já embarcou mais de meio milhão de pessoas para conhecer o mundo em viagens que unem estudo, trabalho e lazer.

A CI oferece diversas opções de intercâmbio para vivência internacional, como curso de idiomas em mais de 25 países, intercâmbio de férias para adolescentes, high school, programa de au pair, estágios e trabalhos remunerados, cursos profissionalizantes e de extensão universitária, seguro e assistência de viagem, emissão de passagens aéreas e tarifas especiais para estudantes, reserva de acomodações e mochilão exclusivo pela Europa.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Empregabilidade

A editora Pearson Education lançou o livro “Empregabilidade: competências pessoais e profissionais”, que apresenta temas fundamentais para o bom desenvolvimento de uma carreira profissional. Indicado para orientar profissionais em início de carreira, auxiliando-os a entrar no mercado de trabalho, este livro aborda diversas questões fundamentais do mundo contemporâneo, como educação, diversidade cultural, ética e responsabilidade socioambiental.

A obra ensina o leitor a elaborar, além de seu currículo, um projeto de vida; explica a importância do marketing pessoal e as diferenças entre a crítica construtiva e a crítica destrutiva; fornece dicas importantes sobre o planejamento financeiro pessoal.

Para ilustrar esses temas, a obra contém diversos quadros explicativos, exercícios para reforçar o aprendizado e estudos de caso que mostram como o mercado de trabalho funciona na prática. Todas essas características tornam esta obra ideal para todos que estão iniciando sua vida profissional, e também para aqueles que querem entender melhor as sutilezas que envolvem a empregabilidade.

Sobre a Pearson - A Editora Pearson está presente em 50 países, oferecendo conteúdo de qualidade para estudantes e instituições de ensino em 13 idiomas. Instalada no Brasil desde 1996, a Pearson publica livros nas áreas de ensino da língua inglesa, com o selo Longman; informática, com o selo Prentice Hall; negócios, com o selo Financial Times/Prentice Hall, e universitária, com os selos Prentice Hall e Addison Wesley.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Seminário sobre o ensino médio

Com a alegação de que o seminário sobre o ensino médio reflete diálogo entre sociedade civil e governo em busca de soluções educacionais, começa nesta terça, 22/09, em Brasília, o “Seminário Nacional de Políticas para o Ensino Médio”. O evento se estenderá por três dias e discutirá políticas para a etapa final da educação básica, que enfrenta grave crise.

O encontro é fruto de uma articulação entre diversas entidades da sociedade civil e o governo federal para debater os objetivos, a qualidade (especialmente em termos de currículo, financiamento e gestão) e a obrigatoriedade do ensino médio no Brasil. O evento começa às 9h no Hotel Grand Bittar e vai até a quinta-feira, 24/09.

Para o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o seminário é um bom exemplo de como a sociedade civil e o Estado podem trabalhar juntos em busca de melhorias para a educação pública. “Este seminário surgiu como uma reivindicação da sociedade civil e, após audiência com o ministro, passou a ser um compromisso do MEC. Será a primeira oportunidade em que o ensino médio vai ser discutido por estudantes, profissionais da educação, sociedade civil e gestores do ministério, de estados e municípios”, declarou.

Entre todos os temas a serem debatidos no seminário, o mais polêmico é a extensão da obrigatoriedade. Atualmente ela é restrita ao ensino fundamental (6 a 14 anos). A proposta do governo federal é extendê-la para a faixa-etária de 4 a 17 anos, o que além de abranger o ensino médio também abarcaria a pré-escola. A matéria está em tramitação na Câmara dos Deputados e encontra-se em momento final de votação. Nos próximos dias deverá seguir para o Senado Federal em caráter conclusivo.

Trajetória – A realização do encontro foi definida em uma reunião, realizada em 30 de outubro de 2008, entre o ministro da Educação, Fernando Haddad, e um conjunto de organizações sociais que estiveram presentes no Seminário Internacional sobre Educação Secundária, ocorrido em setembro do ano passado, em Buenos Aires, Argentina. Na oportunidade o grupo, coordenado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, entregou ao ministro uma carta com três reivindicações consideradas fundamentais para superar a crise que a etapa vem enfrentando nos últimos anos no Brasil.

Acesse o link abaixo e veja a portaria que instituiu o Comitê Organizador do “Seminário Nacional de Políticas para o Ensino Médio”:http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/port_842_%20020909.pdf

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Educação a Distância

O ex-ministro da Educação Carlos Alberto Chiarelli, presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância (Aced), irá participar de uma mesa redonda durante 15.° Congresso Internacional de Educação a Distância realizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). No evento, que irá acontecer no final de setembro, em Fortaleza, Chiarelli irá falar sobre os “Movimentos para Educação a Distância”.

“O Ensino a Distância está conquistando cada vez mais espaço no Brasil e isto se deve a inúmeros pontos positivos. Podemos afirmar que cada vez mais essa metodologia fomenta avanços intelectuais no nosso país, como o caso da inclusão de pessoas com deficiência. Este é um tema que destacaremos, inclusive, no certame”, diz. Chiarelli que estará, no evento, juntamente com o professor Ubiratan Vieira Guimarães, secretário da Aced.

A Ace (Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância) foi criada para abrigar as instituições que atuam nas áreas que participam do processo viabilização do sistema educativo a distância. Esta entidade engloba um expressivo número de instituições brasileiras de setores como universidades, escolas, editoras, produtoras de vídeo, empresas de informática, agências de publicidade e marketing, transportadoras, ONGs educacionais, entre outros. O objetivo é alavancar, cada vez mais, as ações em prol da Educação a Distância (EAD). Mais informações sobre a Aced podem ser obtidas no site www.aced.org.br

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fuzarca – interação, arte e festa

Festival incentiva a produção artística universitária. Evento promove o encontro com artistas e estudantes, além de estimular a criação de projetos nas áreas de música, fotografia, audiovisual, teatro,dança e circo. Até o dia 15 de outubro, estarão abertas as inscrições para a 1ª edição do Fuzarca, festival universitário de artes integradas que reunirá cerca de 100 artistas, estudantes e convidados em uma grande festa cultural, que incentivará a experimentação e inovação da produção artística realizada dentro das instituições de ensino nas áreas de música, fotografia, audiovisual, teatro, dança e circo.

Com o objetivo de dar visibilidade e promover novos artistas, o festival Fuzarca está recebendo projetos de música, fotografia e audiovisual de todo o Brasil. Os trabalhos serão avaliados por uma comissão julgadora que selecionará os melhores artistas para uma apresentação especial em uma grande festa, com doze horas de duração e capacidade para 1.500 pessoas, que será promovida no dia 28 de novembro na Casa das Caldeiras, em São Paulo.

Além disso, durante o evento grupos de estudantes convidados realizarão inserções e performances de circo, dança e teatro. Buscando revelar artistas e grupos cujo trabalho seja original, inovador e procure não reproduzir as formas estabelecidas no mercado, o Fuzarca privilegiará propostas nas quais a inquietação artística seja a motivação e a tônica do resultado que se apresenta, compreendendo – e se apropriando – da vasta diversidade de elementos criativos que permeiam a produção cultural brasileira. Dentro deste conceito, serão avaliados ainda a qualidade técnica e estética dos projetos; a consistência quanto ao conteúdo; e a adequação quanto aos critérios do regulamento.

A comissão julgadora do concurso é composta por nomes reconhecidos da área cultural, como o jornalista, curador na área de música e gerente-executivo de conteúdo da TV Brasil, Israel do Vale; o consultor, pesquisador e cineasta Leonardo Brant; o artista plástico e designer gráfico uruguaio, Fernando Velazquez; e o fotógrafo Ding Musa.

Os interessados deverão fazer as inscrições de seus projetos exclusivamente através do site oficial do festival Fuzarca (www.fuzarca.art.br), até o dia 15 de outubro. Os resultados serão divulgados no dia 05 de novembro. Para mais informações, acesse www.fuzarca.art.br.

Serviço: 1ª Edição do Fuzarca – interação, arte e festa. Inscrições gratuitas: até o dia 15 de outubro no site www.fuzarca.art.brPublicação dos artistas selecionados: dia 5 de novembro.

Apresentação dos artistas selecionados: dia 28 de novembro
Onde: Casa das Caldeiras (Avenida Francisco Matarazzo, 2000 – Água Branca – São Paulo – SP). Classificação 18 anos.
Mais informações: www.fuzarca.art.br

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Irmãos sem rivalidade

Irmãos sem rivalidade. O livro ensina os pais a lidar com os problemas de relacionamento dos filhos. Entre os tópicos trabalhados estão: como ajudar os irmãos a conviver bem, como tratar os filhos de forma diferente mas com justiça, como libertar as crianças de rótulos e como agir positivamente no momento das brigas. E, o que é mais importante, os pais aprenderão a resolver conflitos de forma pacífica.

A rivalidade entre irmãos é um dos problemas que mais preocupam os pais no mundo todo. Mas o que fazer? Que atitudes eles devem tomar para conduzir os filhos em direção à paz? No livro Irmãos sem rivalidade – O que fazer quando os filhos brigam (224 p., R$ 47,10), lançamento da Summus Editorial, as especialistas em relacionamento familiar Adele Faber e Elaine Mazlish investigam as origens da rivalidade fraterna e oferecem dicas essenciais para incentivar o amor entre os filhos, interferir pacificamente nas brigas e estabelecer com cada rebento um diálogo amoroso, sensível e rico.

As autoras abordam os principais motivos de conflito fraterno e propõem soluções pacíficas, sempre levando em conta a individualidade de cada criança e o poder do diálogo. O maior diferencial da obra, porém, é considerar o conflito necessário para o desenvolvimento infantil.

Segundo as autoras, de nada adianta “jogar para baixo do tapete” a mágoa e a raiva provocadas pelas brigas. Não dar atenção às consequências da rivalidade, assim como rotular e comparar os filhos, é muito perigoso e pode provocar danos permanentes nas crianças. “Podemos estimular as brigas ou tornar a cooperação possível. Nossas atitudes e palavras têm poder”, afirmam.

O livro é resultado de um extenso trabalho, incluindo a realização de pesquisas, de entrevistas com homens, mulheres e crianças de diversas origens e idades e de workshops que reuniram grupos de pais em várias sessões, tendo como tema a rivalidade entre irmãos. Partindo dessas experiências, as autoras ensinam os pais a gerenciar os conflitos, intervindo construtivamente nessas ocasiões e incentivando os filhos a alcançar autonomia e segurança.

Dividida em oito capítulos, a obra reúne histórias de famílias que vivenciam esses conflitos, abordando situações como a competição pelo amor e pela atenção dos pais; a inveja que um filho sente das conquistas do outro; o ressentimento que cada um sente pelos privilégios do irmão; as frustrações que eles acabam descarregando um no outro. O livro orienta os pais a vencer esse grande desafio, mostrando maneiras de provar a cada filho que ele está seguro, é especial e amado.

Ao concluir a obra, as autoras reconhecem que a tarefa é difícil, mas não é impossível. “É preciso usar as emoções geradas pela rivalidade para o desenvolvimento de seres humanos mais sensíveis, conscientes e solidários. A forma como nos relacionamos com nossos filhos e os ensinamos a se relacionar, mesmo no calor da batalha, pode ser nosso presente permanente para eles”, concluem as especialistas.

As autoras Adele Faber e Elaine Mazlish são especialistas internacionalmenteaclamadas e premiadas em comunicação entre adultos e crianças. Seus livros, lançados em vinte línguas, já atingiram a marca de três milhões de exemplares vendidos. Ambas as autoras dão palestras em diversas cidades dos Estados Unidos, e os workshops que criaram têm sido usados por milhares de grupos no mundo inteiro para melhorar a comunicação entre adultos e crianças. As autoras vivem em Long Island e Nova York; cada uma tem três filhos, já crescidos.

Título: Irmãos sem rivalidade – O que fazer quando os filhos brigam
Autoras: Adele Faber e Elaine Mazlish
Editora: Summus EditorialPreço: R$ 47,10
Páginas: 224
ISBN: 978-85-323-0533-6
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.summus.com.br

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Capítulo 1

— Por que Educação?

— A Educação não é um processo desenvolvido apenas no ambiente escolar, embora a escola ainda seja um dos principais instrumentos para que ela ocorra. Quando se pensa em qualidade de vida, a educação deveria permear toda a sociedade. Um povo bem educado cria condições para que o país desenvolva, não apenas em termos de riquezas materiais, mas em busca de uma vida mais feliz, mesmo que mais simples.

Capítulo 2

— Qual o espaço destinado à escola pública?
— A escola pública é em sua essencia a escola para todos. Em um país como o Brasil, no qual se procura construir uma democracia sólida, a escola privada é destinada às famílias que preferem, pelos mais diversos motivos, entre os quais o religioso, darem a seus filhos uma educação particular. Há também os casos de colégios ligados a uma determinada cultura, atendendo, por vezes, filhos de imigrantes, estrangeiros com passagem temporária pelo país, etc. A escola pública deve ser vista - ou deveria - como a formadora do cidadão brasileiro.

Capítulo 3

— Por que é um direito de todos?
— O desenvolvimento de um país e do próprio indivíduo está intimamente ligado à existência de escolas de qualidade e em grande número. O ensino de qualidade é a melhor forma de se diminuir as desigualdades sociais, permitindo igual oportunidade de desenvolvimento a todos.

Capítulo 4

— E por que a escola pública vai mal?
— Imagine um time de futebol que não tenha condições plenas de funcionamento. Falta campos de treinamento; departamento médico; sala de musculação e fisioterapia; equipamentos esportivos, etc e tal.
E uma escola sem salas adequadas; sem atendimento médico para alunos e professores; orientação psicológica e assistência social; sem material educacional; sem bibliotecas e livros atualizados; sem laboratórios, etc e tal. E, com professores com baixos salários.
Certamente, como ocorre no futebol, está é a escola que a cada ano luta contra o rebaixamento.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A sensitiva Isaltina

Prezado Maurício: Minha tia recebeu um milagre atribuído à Isaltina, a única informação que sabemos dela é através de seu blog. Você poderia nos mandar mais algum material sobre Isaltina?Agradecemos desde já a atenção... (Conceição Fialho)

Resposta — Prezada Conceição. O texo que foi publicado neste blog sobre a sensitiva Isaltina foi com base apenas em reminiscência da infância. Fico feliz com seu depoimento mostrando que alguém, como a sua tia, foi beneficiado. A Ciência, em especial a Psicologia, tem mostrado a possibilidade de muitas curas seja por autosugestão do indivíduo ou por algum outro motivo explicável ou não. Já foi dito que a fé remove montanhas. No caso da minha avó havia apenas uma grande expectativa por parte dela.

Infelizmente, pouco sei sobre a Isaltina, que minhas poucas recordações da infância. Contudo, sugiro que você clique no google "sensitiva Isaltina" e poderá encontrar mais alguns detalhes.

Capítulo 5

— E o que se perde com a escola ruim?
— No futebol, os melhores jogadores, os mais talentosos e também os melhores técnicos (chamados de professores) são atraídos para os grandes clubes.
Quando um grande clube é mal administrado, em um campeonato de disputa acirrada, como o brasileiro, por exemplo, corre o risco de rebaixamento ou desempenho pífio. O clube pode ter até bons jogadores e um bom técnico, mas os resultados não aparecem devido à falta de infraestrutura, planejamento e motivação.
É isso o que ocorre com muitas escolas.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O desenvolvimento da carreira




“O desenvolvimento da carreira é uma responsabilidade indelegável”

Saulo Lerner*

Presente nas pautas das empresas e dos gestores de RH, "liderança" é um dos temas mais discutidos nos últimos tempos. Principalmente nas condições adversas em que vivemos neste 2009, quando as empresas precisam de pessoas que possam enfrentar e superar os desafios e contribuir efetivamente com a manutenção dos negócios para que a organização siga adiante.

Formar um líder não é tarefa fácil, nem missão exclusiva das áreas de recursos humanos. Liderança é uma competência que se constrói dia após dia, exige comprometimento e deve ser encarada como uma responsabilidade individual. Cada um deve cuidar de sua própria carreira, traçar seus objetivos nesse campo e investir o que for necessário para atingi-los.

Em geral, o começo da vida profissional caracteriza-se por ser um período em que as habilidades técnicas são mais relevantes. Seja em que área for, espera-se do profissional que ele conheça tecnicamente a função que está desempenhando e execute de forma satisfatória o que lhe é solicitado. À medida que ele vai respondendo a essa expectativa, vai avançando em termos de cargos e sua vida profissional vai se tornando mais complexa. Com a primeira promoção, quase sempre vem a sua primeira oportunidade de exercer uma função de liderança. Esse é um momento importante, em que a pessoa precisa perceber a necessidade de aceitar outros paradigmas, como o de que ele passará a ser avaliado não só pelos resultados que gera e o fizeram bem-sucedido, mas também pelos resultados que é capaz de fazer sua equipe gerar.

Superada essa fase, outras se sucederão. Cada etapa bem-sucedida será credencial para levar o profissional ao próximo nível, cujos desafios serão outros. Sua atividade será cada vez mais estratégica e de gestão, e menos técnica. Com o tempo, ele terá de ser líder de outros líderes, pensar e decidir sobre questões que trarão conseqüências em longo prazo e envolverão muitos recursos (humanos, materiais e financeiros).

Esperar que a empresa o prepare completamente, em todos esses aspectos, é uma ilusão e apresenta um grande risco. Nem todas as empresas têm programas eficientes de formação de líderes e um profissional não pode ter certeza de que estará trabalhando numa estrutura que facilite esse desenvolvimento quando sua vida chegar a essa etapa. Portanto, sempre oriento as pessoas a assumirem para si o compromisso de desenvolver-se nas competências necessárias a um bom líder. Coordenar equipes de trabalho implica saber planejar, organizar, dirigir e controlar. Ferramentas como comunicação, motivação, delegação e tomada de decisão serão fundamentais nessa jornada. Um líder é alguém com capacidade de inspirar as pessoas a trabalhar em sua melhor forma. Algumas pessoas têm um talento natural para isso; todas, porém, precisam desenvolver competências para a função de liderança. De qualquer forma, todos precisam estar atentos às diferentes demandas e estágios que um processo de liderança representa. É imprescindível ser humilde para aceitar errar, aprender com esses erros e convencer-se de que liderança é um eterno aprender.

Infelizmente, não há fórmulas prontas. Cada indivíduo precisa encontrar seu caminho e começar a trilhá-lo. Algumas ferramentas podem contribuir bastante para esse processo - como um MBA - que trabalhe sua visão estratégica e amplie o conhecimento conceitual na respectiva área. Ocoaching também pode ser um forte aliado. O importante é exercitar humildade pedagógica que lhe permita manter a vontade e o interesse em continuar aprendendo e evoluindo.

Para quem está começando uma vida profissional, minha sugestão é que, dentro do possível, essa pessoa escolha bem as empresas onde pretende trabalhar. Considere nessa escolha uma empresa com boa imagem, o que não significa necessariamente somente empresas de grande porte. Se tiver chance, aprenda a escolher seu futuro chefe. Trabalhar ao lado de profissionais maduros, com forte conhecimento e disposição para compartilhar isso com seus subordinados faz muita diferença.

Considerando que é tarefa individual buscar ser um profissional melhor e mais completo, algumas outras atitudes são fundamentais:

- formar uma sólida rede de relacionamentos profissionais que pode iniciar-se na própria faculdade;

- ter um projeto profissional que permita estabelecer metas e que vislumbre como você quer ser reconhecido daqui a dez anos;

- ser determinado, pois o cotidiano acaba trazendo situações diversas que podem desviá-lo de seus objetivos. Ficar atento e resistir às tentações dos atalhos fáceis é fundamental para construir uma carreira consistente.

(*) Saulo Lerner diretor da Right Management

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Capítulo 6

— O que isso tem a ver com a minha vida?
— Desse modo, se você é um trabalhador pobre vê o futuro de seu filho comprometido, pois a educação é sem dúvida, um dos instrumentos de ascensão social do indivíduo.
Se você é da classe média baixa, para não ver seu filho naufragar acaba matriculando-o, muitas vezes com enorme sacrifício, em uma escola particular, sendo vítima do desmantelamento do ensino público.

Capítulo 7

— E no caso de eu ser um trabalhador assalariado?
— Mas se sua renda já é corroída por impostos, taxas, inflação (mínima que seja), os gastos com educação pesam fortemente no seu orçamento. A falta de uma escola pública de elevado nível, de verdade é um crime de lesa pátria e de agressão ao próprio cidadão.

Capítulo 8

— E como a queda da qualidade na escola pública compromete todo o sistema?
— Voltemos ao time de futebol desestruturado. Ele, quando possui divisões de base para crianças , adolescentes e jovens, não oferece a preparação adequada aos futuros atletas. Com isso, os que se destacam acabam partindo para outras equipes melhores.

Na escola desestruturada, como a pública (com as exceções naturais), o aluno não tem o seu potencial desenvolvido, nem as deficiências supridas. É por isso, que nesse contexto, um conceito moderno como o da aprovação automática torna-se inviável. A criança e o jovem adolescente não desenvolve hábitos como o da leitura, escrita, conversação, etc. Muitos são obrigados a trabalhar para ajudar nas despesas domésticas. Não possuem qualquer tipo de assistência médica ou odontológica e mesmo psicológica.

O futuro desse alunado acaba comprometido pela repetência ou evasão.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Capítulo 9

— E como o Brasil é visto no mundo?
— Diante disso, o Brasil sofre pressões internacionais como a constatação de apesar de sermos o maior país de população negra do mundo, só perdendo para a Nigéria, termos em nossas universidades um reduzido percentual de alunos negros, principalmente, nas carreiras tidas como de maior status social.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Capítulo 10

— E como se resolve o problema?
— De imediato, com a política de cotas nas universidades e nos órgãos públicos com o combate radical ao racismo. E também com ações concretas em educação para que a política provisória de cotas seja substituída o mais rápido possível pela do "mérito". Mas, isso só fará sentido com o fortalecimento da escola pública.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Capítulo 11

— A cota não é estranha ao Brasil miscigenado e moreno?
— Não. A miscigenação já foi um política racial do Estado brasileiro que preconizava o “embranquecimento” da população, com o argumento de que o processo contribuiria para o aumento da “inteligência” média do brasileiro. Essa política está associada ao grande fluxo migratório ocorrido no país, com oferta generosa de cotas de terras a colonos europeus e asiáticos, enquanto o negro brasileiro não recebeu qualquer tipo de indenização pelo longo período da escravidão.

Capítulo 12

— Mas, o mérito não deve prevalecer?
— O mesmo futebol, a que estamos nos referindo, também, compreendeu a potencialidade do negro abrindo espaço à sua prática a esses brasileiros. Até então, tratava-se de um esporte de elite. Os pioneiros no Rio de Janeiro foram o Bangu Atlético Clube, devido à Fábrica de Tecidos e seus diversos operários negros, e, principalmente o Clube de Regatas Vasco da Gama, por meio da colônia portuguesa. Esse assunto pode ser visto e melhor compreendido com a leitura de “O negro e o futebol brasileiro!”, do jornalista Mario Filho. O racismo era tão grande no futebol em suas origens brasileira, que o primeiro jogador negro admitido pelo Fluminense usava no vestiário pó de arroz, com o objetivo de ficar mais claro e não ser hostilizado pelos torcedores.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Capítulo 13

— A universidade deve ser um lugar exclusivo para a elite?
— É a mesma visão elitista que aponta o ingresso do negro nas universidades como uma ameaça a qualidade do ensino. Pelo contrário, o ingresso do negro na universidade contribui de maneira efetiva para a construção de um país verdadeiramente mais democrático. Uma universidade consagrada como Harvard possui política de recrutamento de estudantes de vários países do mundo, justamente com o objetivo de dar uma maior pluralidade social ao campus universitário.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Capítulo 14

— Há algum setor no Brasil em que essa política tenha sido implementada com sucesso?
— Um bom exemplo é o do mundo das escolas de samba. Em seus primórdios elas eram exclusivamente freqüentadas pelos negros, com uma ínfima minoria de pessoas brancas. Com a própria evolução social e crescimento do turismo, as escolas abriram espaço para que as pessoas brancas ingressassem em suas diversas alas, apesar da discriminação de alguns de que haveria um empobrecimento do samba.

Capítulo 15

— Mas, as cotas não estão superadas nos Estados Unidos?
— Frisam que a Suprema Corte norte-americana tem rejeitado essa política, esquecendo-se de dizer que isso só ocorreu tempos depois, devido a grande ascensão social e econômica do negro na sociedade norte-americana, em todas as áreas, e não como no Brasil, restrita a apenas alguns segmentos. A política da afirmação tem um objetivo temporário.

Capítulo 16

— Qual a diferença entre a escola pública e a particular?
— A escola pública brasileira é vista como a escola da pobreza. Ela tanto pode ter excelentes profissionais como profissionais descompromissados com a educação popular. Na escola particular, mesmo as mais precárias (e são muitas nesse estado), há cobrança das famílias (classe média, que sente o bolso doer) e da direção (obrigação de apresentar resultados e disputar o aluno com o concorrente). Uma escola pública, em contrapartida, obriga a escola particular de porte médio, também, a melhorar a qualidade.

Capítulo 17

— Há tratamento para a baixa qualidade do ensino no Brasil?
— Sim. O entendimento de um maior número de pessoas de que a educação deve ser prioridade máxima no país. Quando não se investe na qualidade do ensino, o Estado brasileiro compromete toda uma geração de crianças e jovens, conduzindo-as obrigatoriamente à letargia (consumo excessivo de drogas; aumento da agressividade com adesão à criminalidade, entre outros males). Com isso, condena-se milhares de jovens ao subeemprego ou ao desemprego.

Capítulo 18

— Há uma vacina que possa proteger a população brasileira contra essa doença?
— Não há outro remédio. Ele foi utilizado pelos países desenvolvidos e outros que menos de 50 anos atrás, encontravam-se em piores condições que o Brasil. A vacina é o investimento maciço em educação.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Capítulo 19

— E como isso pode ser feito?
— Cobrando-se dos governantes maiores, e melhor aplicação, dos investimentos na área social: educação, saúde e geração de empregos, em especial.
Eleger políticos, realmente, comprometidos com as questões sociais.
Ter consciência de que não estamos sozinhos. Os filhos dos outros também são de nossa responsabilidade. Eles podem ser nossos parceiros e amigos. Nossos alunos e professores.
Será que estamos, realmente, construindo o país dos nossos sonhos?

Capítulo 20

. Menos doenças
.Menos miséria
. Menos ignorância
. Menos aparato policial
. Menos discriminação
. Menos políticos salafrários

Será que nós podemos?